segunda-feira, 3 de maio de 2021

Agronegócio

 O agronegócio trata-se de um setor econômico bastante importante para a sociedade mundial, pois envolve uma cadeia de produção alimentar que interliga vários setores, como a agricultura, a pecuária e a indústria, além do comércio que consome seus produtos.

Nesse setor, o emprego de tecnologia é intenso, não sendo restrito ao campo rural, estando também presente no campo industrial, com indústrias de sementes, adubos, agrotóxicos e outros insumos agrícolas.

Leia também: Evolução da agricultura e suas técnicas 

A tecnologia é algo marcante no agronegócio. Colheitadeiras na plantação de soja, em Mato Grosso.
A tecnologia é algo marcante no agronegócio. Colheitadeiras na plantação de soja, em Mato Grosso.

O que é agronegócio?

O agronegócio, também conhecido por agrobusiness, compreende as atividades econômicas ligadas à agropecuária, ao manejo de florestas para comércio e serviços (silvicultura) e ao extrativismo vegetal. Esse termo foi cunhado na década de 1950, mas popularizou-se na década de 1970, no auge da Revolução Verde.

Todas as empresas que fornecem insumos agrícolas aos agricultores, remédio ao gado e máquinas para a agricultura e os bancos que fornecem empréstimos financeiros aos grandes empresários do campo também estão relacionados com o agronegócio.

Além desses segmentos, podemos citar como integrante no agronegócio o comércio, seja varejista, seja atacadista, que lida com os produtos voltados para o meio rural. Armazenamento, logística, distribuição e até o marketing dessas atividades comerciais também estão agrupados no agronegócio. Com isso, podemos perceber que vários setores da economia estão relacionados ao agronegócio, o que mostra sua força e importância socioeconômica.

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Características do agronegócio

Como características do agronegócio, podemos citar as médias e grandes propriedades rurais que conseguem alta produtividade em seus respectivos ramos de produção, tanto na agricultura quanto na pecuária. Na agricultura, é frequente a prática da monocultura, ou seja, a produção de um tipo de plantio apenas. Em muitos casos, há propriedades que praticam as duas modalidades, criando gado e plantando algum tipo de vegetal.

As médias e grandes propriedades rurais desempenham um papel importante para outra característica do agronegócio: a modernização do campo. Esta é resultado de intensas transformações científicas e tecnológicas a partir da década de 1950, com maior intensidade na década de 1970, com o surgimento dos Organismos Geneticamente Modificados (OGM), por exemplo.

Essa modernização engloba máquinas, sementes modificadas, técnicas de cultivo e criação de animais avançadas e desenvolvimento de produtos que aceleram o ciclo natural de plantio e crescimento de plantas e gados. Existem laboratórios especializados em aprimorar espécies de animais ou para cultivos, a fim de melhorar e aumentar a produção.

Esses fatores (extensão das propriedades e modernização) contribuem para elevada produtividade do solo, o que faz com que haja uma agropecuária modernizada. Tudo isso é fruto de grandes investimentos de capital, sendo esta mais uma característica marcante do agronegócio: a concentração de renda e riquezas.

Veja mais: Rotação de culturas – alternância planejada de culturas para conservar o solo

Setores do agronegócio

Devido a sua complexidade e diversas cadeias produtivas envolvidas, podemos dizer que o agronegócio abrange os três setores da economia: primário, secundário e terciário.

Agroindústrias, grandes propriedades rurais com capacidade de produção em larga escala e industrial.
Agroindústrias, grandes propriedades rurais com capacidade de produção em larga escala e industrial.

primário está relacionado à produção rural, tanto agrícola quanto na pecuária. O segundo setor está ligado às agroindústrias, grandes fazendas que plantam e processam a matéria-prima em escala industrial, como as grandes fazendas produtoras de laranja que já produzem o suco engarrafado, pronto para ser vendido/consumido.

Daí chegamos ao terceiro setor, o de comércio. A distribuição e venda dos produtos rurais movimentam bilhões pelo mundo, tornando a atividade altamente lucrativa e sofisticada devido ao grau de complexidade dos três setores.

Ciclo do agronegócio

O ciclo do agronegócio pode ser divido em três etapas:

  • Produção rural
  • Agroindústria
  • Envolvimento do setor de comércio e logística

A complexidade do agronegócio faz com que seja uma atividade econômica que envolve, praticamente, todas as etapas da economia. Primeiro temos os médios e grandes proprietários rurais com suas variadas atividades: criação de gado, plantação de lavouras, frutos, extração vegetal, entre outros.

Em seguida, há o envolvimento das indústrias que atuam nessa área com as máquinas rurais (tratores, equipamentos de irrigação, aração, colheitadeiras) e com fertilizantes, adubos, agrotóxicos, sementes geneticamente modificadas (transgênicas) e insumos.

No fim da linha produtiva, mas não menos importante, temos as atividades comerciais, com o armazenamento, distribuição e venda dos produtos rurais para os consumidores finais, estando esses consumidores nas escalas local, regional, nacional e/ou mundial.

Vale ressaltar que, apesar de estar no ciclo do agronegócio, o setor de comércio não é agronegócio, mas sim integra uma grande cadeia produtiva.

Agronegócio no Brasil

O Brasil, com sua enorme extensão territorial (quinto maior país do mundo) e toda a grande quantidade de recursos naturais (biomas, hidrografia, solos férteis em algumas localidades), é um dos grandes protagonistas do agronegócio mundial.

Conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2018, nosso país possuía o maior rebanho bovino para abate do mundo, com 213.523.056 cabeças de gado, além de mais de 245 milhões de galináceos (galinhas) e 41 milhões de suínos. Somos uma grande potência nesse assunto, alimentando um sexto de toda a população mundial, de acordo com o Ministério da Agricultura.

Gado bovino em Mato Grosso do Sul, o estado com o terceiro maior rebanho bovino do país, atrás de Minas Gerais (segundo) e Mato Grosso (primeiro). [1]
Gado bovino em Mato Grosso do Sul, o estado com o terceiro maior rebanho bovino do país, atrás de Minas Gerais (segundo) e Mato Grosso (primeiro). [1]

No entanto, não é só de pecuária que vive o agronegócio no Brasil. Estimativas do IBGE apontam para grandes recordes de safras de soja, cana e laranja nos próximos anos, cujos produtos fazem do território brasileiro liderança no ranking internacional. A projeção na produção de grãos, em 2027, é de mais de 355 milhões de toneladas, um aumento de pouco mais de 25% se comparado com a safra de 2018, que foi de 232 milhões de toneladas.

O Brasil lidera a produção mundial de soja.
O Brasil lidera a produção mundial de soja.

Os grãos que mais se destacam na produção nacional são a soja e o milho, ambos com 38 milhões e 16 milhões de toneladas produzidas em 2019, respectivamente. Grande parte dessas produções ocorre no Centro-Oeste do país, com destaque para Mato Grosso, o estado com o maior rebanho bovino do país, com mais de 30 milhões de cabeças de gado, e liderança no cultivo da soja.

Vantagens e desvantagens do agronegócio

Uma das grandes vantagens do agronegócio, associada à modernização do campo, é o aumento da produção de alimentos e produtos oriundos do campo, como óleos, vinhos, tecidos e até cigarros, com a plantação do tabaco.

Nas últimas décadas, a produção alimentícia mundial vem aumentando consideravelmente, sendo capaz, de forma eficiente, de alimentar toda a população mundial, entretanto essa produção não atinge todos os lugares.

De acordo com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), a fome mata uma pessoa a cada quatro segundos no mundo. Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), 870 milhões de pessoas estão subnutridas no planeta, número assustador tendo-se em vista a grande quantidade de alimentos produzidos ultimamente.

A modernização agrícola eleva a produtividade, mas isso tem um custo ambiental muito caro. Os impactos ambientais causados pelas práticas agropecuaristas em muitas regiões são praticamente irreversíveis:

  • desmatamento e queimadas de áreas de preservação para o surgimento de lavoura e pasto;
  • contaminação do solo devido ao uso excessivo de agrotóxicos e fertilizantes, e outros.

Dentre os impactos ambientais mais perigosos no agronegócio, podemos citar a acentuação de processos erosivos e a degradação dos solos. Como o solo é um recurso renovável, ele deve ser usado de acordo com sua capacidade, o que em muitas propriedades rurais não acontece. Além disso, a retirada da cobertura vegetal para a implantação de pastagens e lavouras pode acentuar as erosões, com perdas significativas de terras agricultáveis.

Há também os impactos sociais, como:

  • desemprego e êxodo rural, pois, com o uso exagerado de máquinas, a presença de mão de obra humana diminui;
  • prováveis doenças advindas de alimentos contaminados com os agrotóxicos;
  • aumento de conflitos agrários por posse de terras;
  • aumento da concentração de renda e da desigualdade no meio rural.

Acesse também: Quais são as principais potências agrícolas?

Exercícios resolvidos

Questão 1 - (IFMT/2016)

Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), MT ofertará 51,203 milhões de toneladas de grãos, especialmente soja e milho, na temporada 2014/2015.

(Jornal A Gazeta. 01/09/2015 p3C)

O agronegócio é o setor de peso na economia brasileira, com destaque para o estado do Mato Grosso. Sobre esse setor no Brasil, é INCORRETO afirmar que 

A) envolve vários setores, como agricultura de precisão, biotecnologia com investimentos e presença de transnacionais nos ramos de produção de alimentos, maquinários e insumos para a agricultura. 

B) o processo de modernização produtiva voltada para inserção no mercado mundial de commodities agrícolas vem marcando a economia da região Centro-Oeste. 

C) entre os principais produtos do agronegócio de exportação, estão: soja, carnes, produtos florestais, café, fumo e seus derivados, couro, cereais, suco de frutas, fibras e produtos têxteis. 

D) com o avanço da biotecnologia no setor agropecuário, o planejamento, a produção, a comercialização e a exploração comercial transformam todo o setor em agronegócio. 

E) os principais destinos da produção brasileira do setor são China, União Europeia, Venezuela, Arábia Saudita, Argentina, Estados Unidos, Rússia e Japão.

Resolução

Alternativa D. Nem todas as atividades são o agronegócio, mas elas estão interligadas. A alternativa D trata como se toda a cadeia produtiva fosse agrobusiness, o que não é verdade.

Questão 2 - (UEPA/2015)

As técnicas são um conjunto de meios instrumentais e sociais, com os quais o homem realiza sua vida, produz e, ao mesmo tempo, cria espaço [...]. Acerca da dinâmica de produção e formas de apropriação do espaço agrário na lógica capitalista, é correto afirmar que:

A) no agronegócio, a policultura, o trabalho assalariado e a produção em pequena escala são algumas das principais referências, enquanto o campesinato é caracterizado pela biodiversidade, monocultura, trabalho familiar e produção em larga escala.

B) os camponeses citricultores são produtores familiares que usam predominantemente o trabalho assalariado; já os citricultores capitalistas utilizam predominantemente o trabalho dos membros da família, cujo número tem que ser maior que o de trabalhadores assalariados, exceto no período da colheita.

C) o campesinato não promove a concentração de terra, trabalho, poder; ao contrário do produtor capitalista, que, ao realizar sua produção, ultrapassa os limites de tempo e espaço, devido à necessidade dessa concentração para sua expansão.

D) a predominância do trabalho familiar no agronegócio valoriza a relação social não capitalista que determina o uso do território, já a predominância do trabalho familiar no campesinato determina a área de produção, o tempo de trabalho, a renda e a quantidade produzida.

E) o campesinato é parte do agronegócio e é o camponês que controla a tecnologia, o conhecimento, o mercado e as políticas agrícolas, haja vista que ele é autônomo em relação ao capital, mesmo quando produz por meio do sistema do agronegócio.

Resolução

Alternativa C. O pequeno produtor, conhecido também como campesinato, atua de forma antagônica ao grande produtor, pois este último, como vimos, promove grandes investimentos em médias e grandes áreas, aumentando a concentração de terras e, consequentemente, de renda.

segunda-feira, 9 de novembro de 2020

TRANSPORTES E COMUNICA NO MUNDO E NO BRASIL - PRIMEIRA ETAPA - EJA - TEC - ANNA BERNARDES

TRANSPORTES - MEIOS DE TRANSPORTE

As pessoas e as mercadorias se locomovem entre a cidade e o campo, entre várias cidades e entre países através dos meios de transporte. A ausência ou deficiência de transporte causa perdas econômicas e dificulta as relações sociais das populações. Sem dúvida, países de pequena extensão geográfica resolvem com mais facilidade o problema da montagem de uma rede de transporte. Para as nações extensas territorialmente, a criação de transportes eficientes é um grande desafio.

A análise do sistema de transportes de um país é um indicador do nível de seu desenvolvimento. Esse estudo deve atentar não só para o que se transporta, mas, principalmente, para como se transporta.

O estudo dos transportes deve responder a algumas questões. Que meio de transporte é o dominante? Como se distribui a circulação de mercadorias pelos diferentes meios de transporte? Qual a evolução que cada um dos tipos de transporte tem apresentado?

Evolução dos transportes

A história dos transportes se inicia com a própria história da humanidade, pois para sobreviver, o homem sempre teve de transportar objetos e produtos e conseguir se deslocar pela superfície terrestre.

De início, o homem utilizava as vias naturais, como os rios, as áreas de topografia plana e as regiões de formações herbáceas: áreas que apresentavam poucos obstáculos ao deslocamento de pessoas e objetos. A base do transporte era a tração humana. Inicialmente, o homem usava seu próprio corpo como meio de transporte e, a seguir, equipamentos associados ao corpo, como cestas, varas e carroças. Com o passar do tempo, novos recursos foram adotados como meios de transporte. À medida que houve desenvolvimento econômico, o homem passou a construir estradas, ainda que precárias, e a utilizar transporte de tração animal.

Após a Revolução Industrial, a expansão econômica acelerada de alguns países, graças ao aumento da produção de bens industrializados, gerou a necessidade de um grande consumo de matérias primas. Assim, aumentou a necessidade de transportar mercadorias – em maior quantidade e de forma mais rápida.

O desenvolvimento técnico-científico que acompanhou a Revolução Industrial possibilitou a implantação de novos meios de transporte com maior capacidade – ferrovias, hidrovias e rodovias – e a construção imediata de novas vias de transporte. Assim, a nova tecnologia permitiu que se ultrapassem obstáculos naturais, que até então freavam a circulação de produtos. Isso deu origem a uma nova fase do comércio: o comércio em escala mundial.

Os transportes em países desenvolvidos e em desenvolvimento

Os meios de transporte de um país refletem seu nível de desenvolvimento econômico e tecnológico.

O transporte é fundamental para a integração econômica, social e cultural de uma comunidade. Com efeito, as pessoas e as mercadorias se locomovem entre a cidade e o campo, entre várias cidades e entre países através dos meios de transporte. A ausência ou deficiência de transporte causa perdas econômicas e dificulta as relações sociais das populações. Sem dúvida, países de pequena extensão geográfica resolvem com mais facilidade o problema da montagem de uma rede de transporte. Para as nações extensas territorialmente, a criação de transportes eficientes é um grande desafio.

Nos países desenvolvidos, a evolução dos transportes decorreu da expansão econômica. Este é o motivo pelo qual há um alto grau de integração inter-regional e nacional e a eficiência e disponibilidade dos diferentes meios de transporte nesses países.

Por outro lado, nos países subdesenvolvidos, cuja economia sempre dependeu do mercado externo, as redes de transporte são quase sempre isoladas e convergem para os portos exportadores. Há uma escassez e ineficiência de uma rede de transportes.

Os principais meios de transporte e vias de circulação estão concentrados nas regiões mais desenvolvidas: Estados Unidos, Europa Ocidental, Japão, etc. Nessas áreas, o transporte de bens e de pessoas é bastante intenso. A distribuição e densidade de transportes nessas regiões é significativamente maior que nas regiões subdesenvolvidas, como América do Sul e África.

Meios de transporte

Os meios de transporte podem ser terrestres (ferroviário, rodoviário e metroviário), hidroviários (marítimo, fluvial e lacustre) e aéreos.

Nos países desenvolvidos, o transporte de mercadorias é feito predominantemente por ferrovias e hidrovias. No Brasil e em outros países subdesenvolvidos, predomina o transporte rodoviário. Muitos países desenvolvidos de grande extensão e deficitários em combustíveis fósseis deveriam expandir seus meios de transporte ferroviário e hidroviário, não rodoviário. Isto porque esses tipos de transporte, além de possuírem maior capacidade de carga, são mais econômicos. Por outro lado, o transporte rodoviário, além de transportar menor quantidade de carga, consome muito combustível e é dependente do petróleo. A recente crise de petróleo, que atingiu países desenvolvidos e subdesenvolvidos, é mais um sinal de que o transporte rodoviário não é economicamente eficiente.

OS TRANSPORTES TERRESTRES

TRANSPORTE FERROVIÁRIO

Durante o século XIX, o trem foi o principal meio de transporte e se expandiu mundialmente até a segunda metade do século XX. Em países de grandes extensões territoriais, como os Estados Unidos e o Canadá, foram construídas ferrovias transcontinentais que cruzavam o território de leste a oeste, ligando os oceanos Atlântico e Pacífico. Na ex-União Soviética, foi construída a Transiberiana – a maior ferrovia do mundo, com 9.280 quilômetros, ligando Moscou a Vladivostok, no litoral do Pacífico. Essas ferrovias tiveram papel preponderante na ocupação territorial e no crescimento econômico e comercial desses países.

Entre 1940 e 1960, muitas ferrovias foram desativadas. O motivo disso foi a expansão das estradas de rodagem. A partir de 1970, devido à crise do petróleo, o transporte sobre trilhos foi reativado, principalmente em países desenvolvidos. Outros fatores que reativaram o setor foram o desenvolvimento tecnológico com trens modernos e mais velozes, o sistema de metrô e uma expansão populacional que necessitava do transporte de massa.

Em países desenvolvidos, o transporte ferroviário concorre com o aéreo, mesmo em questão de velocidade. Há trens ultravelozes na Europa que chegam a velocidades entre 200 km/h e 500 km/h.

O transporte ferroviário não possui a mesma flexibilidade que o rodoviário, mas apresenta muitas vantagens. Pode utilizar várias fontes de energia (vapor, diesel, gasolina, eletricidade), tem grande capacidade no transporte de carga e de pessoas, consegue atingir altas velocidades e estimula o desenvolvimento de indústrias de base. Embora o custo da construção de ferrovias exija altos investimentos, é um econômico meio de transporte, pois desloca grandes cargas de passageiros e de mercadorias por grandes distâncias a baixo custo.

Os Estados Unidos possuem a maior rede ferroviária do mundo. É possível atravessar o país de leste a oeste ou de norte a sul por trem.

VEÍCULOS UTILIZADOS- o trem e o metrô (composição ferroviária urbana somente para passageiros, tendo a vantagem da rapidez).

VANTAGENS DO TRANSPORTE FERROVIÁRIO- embora o custo da construção de ferrovias exija altos investimentos, é um econômico meio de transporte, pois desloca grandes cargas de passageiros e de mercadorias, por grandes distâncias a baixo custo.

TRANSPORTE RODOVIÁRIO

O automóvel tem sido utilizado como meio de transporte desde o início do século XX. Com a Primeira Guerra Mundial, aumentou significativamente a produção e a diversificação dos tipos de veículos: carros de passeio, caminhões, ônibus, tratores, etc.

Inicialmente, o transporte rodoviário complementava o ferroviário. Com o passar do tempo, passou a concorrer com as ferrovias, inclusive resultando na desativação de muitas delas, que se tornaram deficitárias.

Há vários motivos por que alguns países decidiram utilizar a rede rodoviária, e não a ferroviária, para o transporte de mercadorias: maior flexibilidade e facilidade de acesso a diversos lugares, simplificação das operações de carga e descarga, etc. Sem dúvida, desde o início do século XX, o transporte rodoviário cresceu de forma espetacular.

A desvantagem do transporte rodoviário é o fato de ser mais caro que o ferroviário, pois transporta menor quantidade de carga. Ao longo da história do Brasil, quase todos os governos incentivaram o transporte rodoviário. Isso resultou no aumento dos preços das mercadorias, já que os caminhões não podem competir com os trens quanto à quantidade de carga transportada.

Outras desvantagens do transporte rodoviário são a poluição que gera, causando aumento de doenças e prejudicando o meio ambiente, os acidentes de tráfego e a crise do trânsito urbano.

Em países desenvolvidos, as rodovias são normalmente autopistas, estradas muito bem pavimentadas, contando com socorro mecânico a qualquer hora e telefones pouco distantes, um dos outros.

VEÍCULOS UTILIZADOS- ônibus, caminhões e carros.

DESVANTAGEM - o transporte rodoviário é mais caro que o ferroviário, pois transportam menor quantidade de carga.

MEIOS DE TRANSPORTE E COMUNICAÇÃO NO BRASIL

O Brasil enfrenta uma série de desafios em seus setores de infraestrutura e transporte. As rodovias e ferroviais do país se encontram em estado precário. Os aeroportos brasileiros possuem pequena capacidade para transporte de cargas. Além disso, os terminais portuários são ineficientes e operam com excesso de burocracia. O estado precário do sistema de transportes brasileiro, que se deve à falta de investimentos em infraestrutura nas últimas duas décadas, limita o crescimento e a expansão da economia nacional.

O sistema de transportes é indispensável para a exportação, o abastecimento da população e o acesso a matérias-primas. Os setores de transportes e infraestrutura viabilizavam todos os outros setores da economia. Um sistema de transportes precário e ineficiente limita a movimentação de pessoas e de produtos.

Como ilustra o gráfico a seguir, o Brasil fica na posição 114 no ranking mundial de qualidade de infraestrutura, na posição 120 na qualidade de estradas e na posição 131 na qualidade de portos. É, inegavelmente, um ranking lamentável para o país que possui a sétima maior economia do mundo (2014).

 ranking mundial de infraestrutura
Fontes: www.invepar.com.br -  WEF -The Global Competitiveness Index 2013-2014

Para o Brasil se tornar um país de fato desenvolvido, precisa corrigir os gargalhos em sua infraestrutura que limitam a competitividade do país.  O Brasil tem urgência em recuperar, modernizar e aumentar a capacidade de sua infraestrutura. Isso é fundamental para permitir o crescimento sustentado de sua economia.

Matriz do Transporte de Cargas


O setor de transportes desempenhou papel fundamental no crescimento econômico e na integração do território brasileiro. Mas essa integração é um fenômeno relativamente recente, pois até a década de 1970, as regiões Norte e Centro-Oeste ficavam bastante isoladas das outras regiões do país.

A matriz de transportes no Brasil é dominada por rodovias. Isso é prejudicial para a economia brasileira, pois a dependência em rodovias e a falta de investimentos em ferrovias e hidrovias resultam em custos mais elevados de transporte. Para muitas empresas, o que é gasto em transporte representa uma fração significativa de seus custos. O consumo de petróleo e de outros combustíveis utilizados por rodovias encarece os preços dos produtos transportados. Portanto, a dependência nessa forma de transporte eleva o custo de deslocamento da produção nacional.

ModalMilhões Tku*Partic.%
Rodoviário485.62561,10
Ferroviário164.80920,70
Aquaviário108.00013,60
Dutoviário33.3004,20
Aéreo3.1690,40
Total794.903100,00
Fonte: Revista CNT no.217 outubro – 2013

*TKU - toneladas transportadas por quilômetro útil.

Os custos dos produtos brasileiros aumentam devido à ineficiência e à falta de infraestrutura adequada. Isso torna a cadeia produtiva mais cara e menos competitiva. É fundamental que o Brasil melhore sua infraestrutura e reduza os custos associados à armazenagem, à logística para transporte e ao escoamento da produção. Também existe o preço da burocracia e da corrupção. Um exemplo é a perda de tempo na liberação de cargas nos portos. Isso causa uma redução na exportação de gêneros agrícolas.

Para o Brasil se tornar um país de fato desenvolvido, precisa corrigir os gargalhos em sua infraestrutura.

Os problemas enfrentados na hora de escoar a safra são o que mais pesam nos custos da produção e o que previne o agronegócio brasileiro de se tornar ainda mais competitivo. O Brasil é um país extenso, as distâncias são vastas e o território nem sempre é interligado. É evidente a desigualdade no desenvolvimento das vias de transporte entre as regiões do Brasil. Os custos de deslocamento incidem sobre os custos das matérias-primas e dos produtos nos mercados.

Em Estados no interior do Brasil, a situação é ainda mais crítica. Por exemplo, em Sorriso, um município do Mato Grosso que produz um milhão de hectares de soja e milho, a produção necessita percorrer mais de 2000 km em rodovias para alcançar o Porto de Paranaguá (PR). O Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (IMEA) estima que o custo desse frete é de US$ 100, enquanto a produção paraense chega ao porto por US$ 20.

A solução para Estados como o Mato Grosso, que se localizam longe da costa brasileira e, consequentemente dos portos, é ampliar a extensão ferroviária e direcionar o escoamento para as estruturas portuárias do norte do Brasil.

Também é necessário corrigir os gargalos institucionais, como as leis defasadas e as leis tributárias.

Todos esses problemas afetam a competitividade de produtos brasileiros.

Um exemplo

No Brasil, a matriz de transporte é composta por rodovias (58%) e ferrovias (25%). Nos Estados Unidos, nosso principal concorrente, o modal ferroviário é o principal meio de escoamento. Um comparativo do custo final de um produto exportado para a China pelos dois países revela que o Brasil se encontra em desvantagem competitiva.
“Enquanto o produtor americano desembolsa cerca de U$ 98 pelo transporte total da tonelada de soja até a China, o brasileiro paga U$ 180. Dentro das fazendas brasileiras a tonelada de soja custa U$ 234, enquanto em terras americanas, U$ 373. Pondo na ponta do lápis, o produto brasileiro chega ao mercado chinês cerca de U$ 40 mais caro. Dados do United States Department of Agriculture (USDA) revelam que nos EUA, a participação do custo do frete no valor final da tonelada do grão é de 26% e no Brasil, 44%.” (Fonte: www.ibralog.org.br)

Segundo a revista Exame e Paulo Resende, do Centro de Estudos para Infraestrutura e Logística de Belo Horizonte, os problemas de logística no Brasil consomem 12% do PIB. As estradas são o maior motivo de reclamações de empresários.

Aqueles que trabalham com comércio exterior são obrigados a lidar com um nível precário de via de transportes. Isso vale também para portos e aeroportos. O sistema de transportes brasileiro está longe de conseguir atender a extensão de seu imenso território. Há falta de linhas aéreas e contêineres, há excessivo gasto no deslocamento da produção e há perdas ocorridas por avarias no transporte. Além disso, existe a distorção da matriz de transportes: como explicado acima, há uma sobrecarga do modal rodoviário.

Considerações Gerais dos tipos de transporte

Vantagens das FerroviasVantagens das RodoviasVantagens das Hidrovias
- Grande capacidade de carga
- Baixo consumo 
- Longa vida dos veículos
- Indicadas para longas distâncias
- Versatilidade
- Transporte direto: origem - destino
- Fácil penetração em regiões pioneiras
- Indicado para curtas distâncias
- Baixo custo de transporte
- O Brasil apresenta grandes possibilidades para hidrovias

Transporte Ferroviário

Transporte ferroviário é o realizado sobre linhas férreas para transportar pessoas e mercadorias. As mercadorias transportadas neste modal são de baixo valor agregado e em grandes quantidades como: minério, produtos agrícolas, fertilizantes, carvão, derivados de petróleo, etc. No Brasil, a presença de bitolas diferentes em uma mesma região acaba provocando a elevação do custo do transporte aumentando o tempo de viagem.

As ferrovias apresentam diversas vantagens: é capaz de transportar grandes cargas para grandes distâncias e consome menos combustível por quantidade de carga transportada. Portanto, polui menos. Mesmo que o custo de implantação seja alto, requer um baixo custo de manutenção e oferece um baixo custo de transporte. Além disso, é mais seguro que o modal rodoviário: ocorrem muito menos acidentes, furtos e roubos.

Histórico

A estrada de ferro no Brasil desenvolveu-se baseada na cafeicultura. Consequentemente, o traçado é carente em linhas de integração entre as várias regiões. O seu traçado ligava as áreas cafeeiras até o porto de Santos. Em 1854, por iniciativa do Barão de Mauá, foi inaugurada a primeira estrada de ferro do Brasil, com 14 km de extensão, ligando a Baía da Guanabara à raiz da Serra de Petrópolis.

De 1870 a 1920, houve um grande desenvolvimento de ferrovias no país. Esse período foi denominado de Era das Ferrovias, quando a extensão das ferrovias passou de 745 km para 28.535 km. As ferrovias influenciaram a colonização de imigrantes europeus no Brasil, pois deram acesso aos cafezais de regiões cada vez mais distantes do porto de Santos.

Entre 1920 e 1960, a rede cresceu menos de 10 mil km, principalmente devido à crise da cafeicultura. A partir de 1960, com a eliminação de vários ramais antieconômicos, a malha ferroviária diminuiu de 38.280 km para 29.283 km, em 2011, que respondia por apenas 21% da carga transportada no país.

Problemas das Ferrovias Brasileiras

A decadência do transporte ferroviário no Brasil decorre de vários fatores: falta de investimentos, administração ineficiente, material rodante obsoleto e, acima de tudo, a concorrência com o ramo rodoviário. As ferrovias não integram as regiões brasileiras, não foram estruturas para atender com eficiência a realidade industrial do país e resultam em morosidade no transporte de pessoas e de mercadorias. O transporte rodoviário é considerado lento e com alto custo de implantação.

No Brasil, a malha férrea é pequena e atinge pontos isolados do território nacional. A grande maioria dos investimentos é feito pelo setor privado e com interesse próprio. O governo brasileiro deveria investir no modal ferroviário, pois possui um dos menores custos para o transporte de mercadorias e poderia aumentar o nível de competitividade do Brasil.

A tabela abaixo apresenta dados sobre as principais ferrovias de carga no Brasil.

Principais Ferrovias de Carga do Brasil – 2008
ControladoraFerrovia  KmProdutos
ValeEFVM – Estrada de Ferro
Vitória à Minas
905Minério de ferro, carvão mineral, soja,
produtos siderúrgicos e celulose
EFC – Estrada de Ferro Carajás  892Minério de ferro, ferro gusa, manganês,
cobre e combustíveis derivados do
petróleo e da soja
FCA – Ferrovia Centro-
Atlântica S/A
8.066Soja e farelo, calcário siderúrgico,
minério de ferro, fosfato, açúcar, milho
e fertilizantes
FNS – Ferrovia Norte-Sul 420Soja e farelo, areia, fosfato e cloreto
de potássio
Vale, Companhia
Siderúrgica
Nacional (CSN),
Usiminas e
Gerdau
MRS – MRS Logística S/A 1.674Minério de ferro, carvão mineral,
produtos siderúrgicos, ferro gusa,
cimento e soja
ALLALL – América Latina Logística
Malha Sul S/A
7.304Soja e farelo, açúcar, derivados de
petróleo e álcool, milho e cimento
ALL – América Latina Logística
Malha Paulista S/A
1.989Açúcar, cloreto de potássio, adubo, calcário
e derivados de petróleo e álcool
ALL – América Latina Logística
Malha Oeste S/A
1.945Minério de ferro, soja e farelo, açúcar,
manganês, derivados de petróleo e
álcool
ALL – América Latina Logística
Malha Norte S/A
500Soja e farelo, milho, óleo vegetal,
adubo e combustível
CSNTransnordestina Logística S/A4.207Cimento, derivados de petróleo,
alumínio, calcário e coque
Gov. PRFerroeste248Soja e farelo, milho, contêiner e trigo
FTCFTC – Ferrovia Tereza
Cristina S/A
164Carvão mineral
Total----------28.314----------
Fonte: ANTT (2009) – dados de 2008.
http://www2.transportes.gov.br/bit/03-ferro/princ-ferro.html

Ao observar a tabela, verifica-se que as empresas controladoras são também as principais usuárias desse tipo de transporte.

Um dos mais importantes setores da economia mundial, em clara evolução atualmente, é a área de serviços.

Chamamos de prestação de serviços a venda, não de bens, mas de esforços humanos para atender certas necessidades da comunidade: comunicações, transportes, lazer, educação, saúde, etc.

As Comunicações




Como o homem é um ser social, pois vive em comunidade, ele precisa se relacionar com seus semelhantes. O elemento fundamental desse relacionamento é a comunicação. No trabalho, no lazer, no amor, nós nos comunicamos, interagimos. Chamamos de comunicação a transmissão de palavras, sinais, sons e imagens. Toda comunicação implica em um sistema bipolar: o agente emissor, que envia a mensagem, e o receptor, que a recebe. Nas relações pessoais, a comunicação do emissor atinge um pequeno número de pessoas. Mas na atualidade, em razão da mídia, o emissor chega a milhares e até milhões de receptores. A comunicação é feita através da fala, bilhetes, cartas, folhetos, jornais, revistas, livros, por meio do telefone e do telégrafo, pelo rádio, televisão, teatro, cinema, e, também pelo computador.

As Comunicações Internacionais

Muitos dos meios de comunicação - pelos quais ideias e informações são disseminadas e compartilhadas - resultaram da evolução científica ocorrida ao longo do século XX. É inegável que a invenção e aperfeiçoamento dos meios de comunicação como televisão, rádio, cinema, cabos de transmissão, satélites, computadores e telefones (fixos e celulares) mudaram o planeta e o modo de vida de quase todos os seus habitantes de forma extremamente significativa.

De fato, o século XX foi o século da comunicação. Devido aos avanços nos meios de comunicação, o contato entre os lugares e povos do mundo ficou mais fácil. A comunicação se tornou simultânea, havendo transmissão e recepção ao mesmo tempo. Ao final da Segunda Guerra Mundial, os Estados Unidos e a Europa Ocidental tornaram-se pioneiros nas pesquisas de tecnologias de comunicação. Posteriormente, a ex-União Soviética, a China e o Japão, também se tornaram líderes em pesquisas de ponta e centros emissores de novas tecnologias.

Devido a essas pesquisas, hoje, com facilidade, podemos nos comunicar instantaneamente com países estrangeiros: a comunicação é mundial. Até pouco tempo, as comunicações internacionais eram feitas por ondas de rádio ou cabos submarinos. Hoje, os satélites artificiais de comunicação facilitam a transmissão de informações entre todos os países do globo, já que eles permitem que as notícias sejam transmitidas e conhecidas no mesmo momento em que os fatos acontecem.

Antigamente, para se telefonar a uma outra cidade do Brasil ou um outro país, era necessário chamar a telefonista para que ela fizesse a ligação. Atualmente, pode-se entrar em contato telefônico com qualquer cidade brasileira por meio do DDD - "discagem direta à distância". Para falar com outros países, existe o sistema DDI - "discagem direta internacional".

Mas apesar de aparelhos de comunicação, como telefones, televisores, rádios e computadores terem se espalhado pelo mundo, muitos países subdesenvolvidos permanecem apenas consumidores dessa tecnologia, ou meros receptores de informações. O mercado das comunicações continua sendo, em grande parte, um oligopólio, controlado por grandes empresas. A imprensa escrita (jornais e revistas) recebe informações de agências noticiosas, como a Reuters. Em todos os países, os periódicos continuamente recebem informações de influentes empresas de comunicação, que distribuem para todo o mundo e controlam a maior parte das informações, principalmente as internacionais, que chegam ao público através do rádio, televisão e jornais.

A indústria da informática também é dominada por alguns gigantes. A mais conhecida e provavelmente mais influente é a Microsoft, fundada pelo bilionário norte-americano Bill Gates. A indústria das telecomunicações, que engloba o rádio, a televisão, o telefone, o fax e a Internet, também é dominada por algumas grandes empresas, como as norte-americanas AT&T e MCI WorldCom, a alemã Deustch Telecom e a japonesa NEC.

A IMPORTÂNCIA DAS TELECOMUNICAÇÕES

Um sinal indicativo importante do desenvolvimento econômico de um país é a existência de amplos recursos de telecomunicações. Sem dúvida, essa foi uma das maiores realizações dos governos militares brasileiros após o golpe de 1964.

A televisão é, hoje, o mais importante meio de comunicação mundial, principalmente após a criação de um sistema de satélites artificiais voltados para essa finalidade. Atualmente, todos eventos ao redor do mundo chegam até a nossa sala. No Brasil, onde a maioria da população não tem recursos financeiros para um lazer mais sofisticado - teatro, cinema, concertos - a televisão, que surgiu em nosso país em 1950 (Televisão Tupi), é a grande diversão. Em nosso país, existem mais de 100 emissoras de televisão; já nos Estados Unidos, há 1000 emissoras de televisão.

O rádio, que já foi o mais importante sistema de comunicações do Brasil, principalmente entre os anos 1930 e 1950, perdeu sua importância. Entretanto, a radiofonia ainda desempenha um grande papel nas regiões mais interioranas de nosso país. São extremamente úteis os serviços prestados pelas pequenas emissoras das cidades do interior, basicamente como fator de informação e integração locais. Mais de 1100 emissoras de rádio estão espalhadas pelo Brasil. Modernamente, uma nova rede de comunicações está sendo disseminada: a Internet.

A IMPRENSA ESCRITA

A imprensa escrita surgiu no Brasil ainda no início do século XIX, com a mesma tendência até hoje dominante entre nós: o elitismo. De fato, nossos bons jornais normalmente só desempenham um papel informativo entre as classes médias e a burguesia. Isso é facilmente explicável: o nosso baixo índice de alfabetização. Mesmo os jornais chamados de populares vendem muito pouco. Isso confirma o que dissemos acima: a televisão é o grande veículo informativo do brasileiro. Os jornais de maior tiragem e circulação do mundo são editados no Japão, na China, na Alemanha e na Rússia.

INTERNET

A Internet é uma rede, em escala mundial, com milhões de computadores conectados. Através da Internet, as pessoas podem compartilhar informações escritas, sons, imagens, fotos, vídeos etc.

A World Wide Web (www), traduzida em português como "teia mundial", é o sistema da Internet que compartilha e transmite informações através de sites. Para se encontrar um site, é necessário possuir o seu endereço correto; por exemplo, www.educabras.com. O endereço eletrônico de um site é chamado de URL (sigla que, em inglês, significa Uniform Resource Locator - Localizador Uniforme de Recursos). Se o internauta não conhece o URL do site que está procurando, ele pode utilizar os sites de busca (Google, Yahoo, etc.) que o ajudarão a encontrar o que ele está buscando.

Além da World Wide Web, a Internet disponibiliza outros serviços: e-mail (correio eletrônico), transferência de arquivos entre computadores ou servidores (FTP), mensagens instantâneas (como o MSN Messenger e o Skype) etc.

A Internet permite que pessoas de todos os lugares do mundo se comuniquem de uma forma instantânea e econômica. Também facilita a vida das pessoas: por exemplo, hoje não é mais necessário ir ao banco para pagar uma conta ou verificar o saldo; basta utilizar o sistema de banco eletrônico "Internet Banking" que permite fazer transações bancárias em questão de minutos. A Internet permite, ainda, que as pessoas se correspondam com uma rapidez quase imediata: ao invés de se enviar uma carta pelo correio, pode-se enviar uma mensagem por e-mail. Além de mensagens, documentos também são, muitas vezes, enviados por e-mail.

A Internet é também um grande mercado mundial pois diminui os custos de venda , já que sites de e-commerce (comércio eletrônico), diferentemente de lojas convencionais, não requerem o aluguel de imóveis.

Acima de tudo, a Internet proporciona uma gama vastíssima de informações, sendo uma ótima fonte de pesquisas. Porém, quando se estuda ou se faz pesquisas na Internet, é necessário verificar se a fonte é confiável, pois qualquer pessoa pode publicar o que quiser em seu site, inclusive informações enganosas e incorretas.

A Internet também trouxe benefícios aos governos. Em nosso país, a maioria das declarações de imposto de renda são feitas através da Internet.

Breve histórico da Internet

Em 1957, durante a corrida espacial entre os Estados Unidos e a União Soviética, os norte-americanos fundaram a ARPA - Advanced Research Projects Agency (Agência de Projetos de Pesquisa Avançada). A ARPA fazia parte do Departamento de Defesa norte-americano e tinha como propósito garantir que os Estados Unidos continuassem sendo os líderes do mundo em ciência e tecnologia militares.

Na década de 1970, a ARPA se dedicou a pesquisar sobre como redes de computadores poderiam ser interconectadas. Na época, temia-se um confronto nuclear com a União Soviética. A ARPA desenvolveu um projeto - que veio a se tornar a Internet - para garantir que os Estados Unidos mantivessem uma rede de comunicações que nem mesmo um ataque nuclear seria capaz de destruir. Durante as décadas de 70 e 80, a Internet era utilizada apenas pelo governo dos Estados Unidos, e seu uso estava limitado a fins militares e acadêmicos.

Em 1995, a Internet foi aberta ao público. Poucos anos depois, centenas de milhões de computadores ao redor do mundo já estavam conectados à Internet.