ESTE BLOG OBJETIVA INTEGRAR OS ALUNOS DO C.E.E.ANNA BERNARDES COM FINALIDADE DE AMPLIAR OS CONHECIMENTOS DOS ALUNOS NO MUNDO DA GEOGRAFIA.
domingo, 9 de outubro de 2016
CONFLITOS GEOPOLÍTICOS
Guerras entre Estados-Nações, guerras civis, guerrilhas, ocupação de territórios à força e movimentos de separatismo dentro de Estados-Nações acontecem em todos os continentes, exceto na Oceania. Os principais motivos dos conflitos que ocorrem no mundo são: disputas por território, soberania do Estado nacional (nacionalismo e separatismo), rivalidades étnicas e religiosas, questões de fronteiras, recursos minerais e, até mesmo, água. A pobreza é também causa de muitos desses conflitos.
CONTINENTE AMERICANO – No continente americano predominam as guerrilhas de esquerda, na Colômbia e no México, e uma questão territorial envolvendo a Argentina e o Reino Unido pelo controle das Ilhas Falkland-Malvinas.
· COLÔMBIA: País com saída para o Oceano Atlântico e Pacífico, enfrenta a atuação das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) e ELN (Exército de Libertação Nacional) – guerrilhas de esquerda surgidas na década de 1960 muito ativas até 1980. Após esse período, perderam seu caráter ideológico e passaram a atuar buscando desestabilizar o governo colombiano. Cobram ‘pedágios’ dos traficantes de drogas nas áreas que controlam – cerca de metade do território do país. Como oposição a essas guerrilhas surgiram as AUC (Autodefesas Unidas da Colômbia), grupos paramilitares de direita apoiados pelo exército colombiano par combater as duas guerrilhas. As Farc atualmente tem um partido político visando conseguir apoio político no país, deixando de lado um pouco a luta armada.
· ILHAS MALVINAS (Argentina X Reino Unido) - As Ilhas Malvinas (em inglês Falkland Islands) são um território britânico ultramarino no Atlântico Sul constituído por duas ilhas principais e um número elevado de ilhas menores, situadas ao largo da costa da América do Sul. Ocupadas pelos britânicos a partir da década de 1830, A soberania sobre as ilhas é reclamada pela Argentina. Em 1982, argentinos e britânicos travaram a Guerra das Malvinas pela posse do território.
Apesar da vitória militar britânica no conflito, o governo argentino mantém a reivindicação de soberania até hoje.
· MÉXICO – País da América do norte em formato de funil tem como região mais pobre a região de Chiapas nos sul do país, a região é rica em petróleo, porém é a mais atrasada do México, fato que levou o EZLN (Exército Zapatista de Libertação Nacional) – movimento rebelde, a ocupar várias cidades no estado de Chiapas em 1º de janeiro de 1994 (início do NAFTA - Acordo Norte-Americano de Livre Comércio)). Opôs-se ao governo mexicano, reivindicando o combate à exclusão social e a melhoria dos direitos constitucionais dos povos indígenas.
Liderado pelo subcomandante Marcos, iniciou negociações com o governo mexicano e não atua mais por meio do confronto armado.
CONTINENTE EUROPEU – No continente europeu os problemas envolvem religião, territorialidade e etnias.
· IRLANDA DO NORTE - A Irlanda do norte é uma república situada no norte da ilha da Irlanda. Os problemas na Irlanda do Norte são consequência de uma longa história de conflitos entre católicos (irlandeses) e protestantes (ingleses). Os católicos são majoritários na República da Irlanda (conhecida como EIRE), mas minoritários na Irlanda do Norte (conhecida como Ulster). Os católicos da Irlanda do Norte (Ulster) reivindicam a separação do Ulster em relação ao Reino Unido.
Em 1964 pra combater a dominação britânica sobre a Irlanda do Norte formou-se o IRA (Irish Republican Army / Exército Republicano Irlandês) – grupo que se notabilizou por uma série de atentados terroristas. Um acordo de paz foi assinado em 1998, porém a situação ainda é relativamente tensa.
· ESPANHA / BASCOS - O “País Basco” localiza-se entre Espanha e França. Os bascos são um povo com língua de origem desconhecida e cultura tradicional. Durante a ditadura de Francisco Franco (1939-1975), os bascos foram proibidos de ensinar sua língua (euskera) nas escolas da região e de usar a bandeira com as cores do País Basco.
Em 1959, foi criado o ETA (Euskadi ta Askatasuna), que reivindica a independência do “país basco”. O grupo foi responsável por inúmeros atentados terroristas ao longo da História e é considerada a guerrilha com mais tempo em atuação. A partir da redemocratização do país, o ETA perdeu a credibilidade e o apoio popular, mas se mantém ativo.
· CÁUCASO (Rússia, Geórgia, Armênia, Azerbaijão)– A região do Cáucaso uma região montanhosa considerada uma das mais conflituosas do planeta. Região de grande diversidade étnica teve duas influências religiosas fundamentais: a cristã ortodoxa e a islâmica. Os conflitos atuais dessa região estão ligados a nacionalismos (motivos políticos) e às diferenças religiosas.
As repúblicas da Chechênia e do Daguestão - ricas em petróleo, pertencem à Rússia onde vários grupos lutam pela independência e para implantar Estados Islâmicos, empregado inclusive táticas terroristas.
Entre 1994 e 1996, ocorreu violenta guerra entre os rebeldes chechenos e a Rússia, arrasando várias cidades da república. A Chechênia Conseguiu uma autonomia parcial, mas em 1999, o governo russo volta a intervir na região.
No início dos anos 90, a República Ossétia do Sul proclamou sua independência em relação à Geórgia para em um acordo de paz que, contudo, não evitou o país de manter tropas na região. Em agosto de 2008 ocorreu invasão da Rússia na região.
· (Bálcãs) ANTIGA IUGOSLÁVIA - A Iugoslávia surgiu como uma monarquia em 1920. Formada por várias etnias , ente elas: eslovenos, sérvios, croatas, muçulmanos, bósnios. Em 1945, com o término da 2ª Guerra Mundial, o país se tornou uma república socialista liderada pelo Marechal Tito sem alinhar se à URSS.
Após a morte do general que conseguira unir as várias etnias que viviam no país, começou uma crise étnica. Em 1991 as duas república mais ricas da Iugoslávia Croácia e Eslovênia declararam independência levando a uma guerra que se alastrou pela Bósnia-Herzegovina, onde os conflitos foram mais violentos. Conflitos na Bósnia em 1994 envolveram sérvios, croatas e bósnios muçulmanos, com cerca de 250 mil mortos, várias acusações de limpeza étnica e participação da OTAN no acordo de Dayton (1995).
Em 1998 Conflitos em Kosovo (província da Sérvia), que possui maioria albanesa. Os sérvios são acusados de limpeza étnica e a OTAN bombardeia a Iugoslávia. Atualmente o que sobrou da Iugoslávia foi a província de Kosovo que se tornou independente em 2008.
CONTINENTE ASIÁTICO – No continente asiático os conflitos são na maioria territoriais ou guerras internacionais.
· ORIENTE MÉDIO
(ISRAEL X PALESTINA) – Em 1947, a Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou um plano de partilha da Palestina que previa a criação de dois Estados: um judeu e outro palestino. A recusa árabe em aceitar a decisão conduziu ao primeiro conflito entre Israel e países árabes.
A segunda guerra (Suez, 1956) decorreu da decisão egípcia de nacionalizar o canal, ato que atingia interesses anglofranceses e israelenses. Vitorioso, Israel passou a controlar a Península do Sinai. O terceiro conflito árabe-israelense (1967) ficou conhecido como Guerra dos Seis Dias, tal a rapidez da vitória de Israel.
Em 6 de outubro de 1973, quando os judeus comemoravam o Yom Kippur (Dia do Perdão), forças egípcias e sírias atacaram de surpresa Israel, que revidou de forma arrasadora. A intervenção americano-soviética impôs o cessar-fogo, concluído em 22 de outubro.
IRAQUE - 1980-1988 – Guerra Irã-Iraque – Sadam Hussein é apoiado por EUA, URSS e outros países.1991 – Guerra do Golfo – coalizão de países força a retirada das tropas iraquianas do Kuwait. Iraque sofre embargo da ONU e são adotadas zonas de exclusão aérea.2003 – Ataque dos EUA, Reino Unido e outros países justificado pela suspeita de armas de destruição em massa e para depor a ditadura de Sadam Hussein. Acredita-se que o verdadeiro motivo da ocupação seja a riqueza de petróleo do país, uma das maiores reservas do mundo. 2003- 2005 – Instabilidade constante no país, com atentados terroristas e forças rebeldes controlando alguns territórios.
AFEGANISTÃO - 1979-1989 – tentativa de dominação soviética, frustrada pela oposição dos mujahedin (guerrilheiros islâmicos), entre eles Bin Laden, apoiados pelos EUA, Irã e Paquistão. 1996 – tomada do poder pelo grupo radical sunita Taleban, que adota a Sharia (doutrina islâmica) como lei. 2001 – atentados aos EUA atribuídos a Bin Laden; os EUA atacam o Afeganistão acusando-o de proteger o terrorista e servir de base para a Al Qaeda; o Taleban é deposto do poder.
CURDISTÃO - Maior grupo étnico sem território, os curdos, de maioria muçulmana sunita, não são turcos nem árabes nem persas. Espalham-se principalmente por terras da Turquia, do Irã e do Iraque, onde sofreram duras perseguições, embora ocupem também pequenas áreas da Síria e da Armênia.
· ÍNDIA X PAQUISTÃO - 1947 – independência da região e divisão da antiga colônia britânica em Índia (hinduísmo) e Paquistão (islamismo).1947 e 1971 – conflitos entre os dois países pela disputa da Caxemira e pelo apoio indiano à independência de Bangladesh (ex-Paquistão Oriental).1974 – Índia explode sua primeira bomba atômica.1998 – Os dois países realizam testes nucleares e aumentam seu arsenal bélico.
Caxemira – região localizada no norte da Índia, mas de maioria muçulmana, que luta pela anexação ao Paquistão.A Índia também tem problemas com separatistas sikhs, que lutam pela independência do estado de Punjab.
· TIMOR LESTE - 1975 – independência em relação a Portugal.1975-1999 – anexação do Timor Leste pela Indonésia.1999 – plebiscito define desocupação indonésia do país; militares indonésios atacam a população civil; intervenção de tropas da ONU.2001-2002 – realização de eleições e pacificação completa do país.
· CHINA X TAIWAN - A China considera a ilha de Taiwan um território rebelde e exige sua reintegração sob ameaça de usar a força caso Taiwan opte por reafirmar sua independência.
· CHINA X TIBET - O Tibet é também chamado de "Teto do Mundo“. Sua história data de 2.300 anos atrás. No século VII, o imperador tibetano adotou o budismo Mahayana e traduziu a literatura budista para a língua tibetana. Em 1950, o governo chinês anexou o Tibet. Os militares chineses começaram a ocupar a região e obrigaram o governo tibetano a assinar um documento de cooperação.
• CONTINENTE AFRICANO – No continente africano os conflitos são consequências das fronteiras artificias impostas durante o período colonial, que levou o continente a vários tipos de guerras. Conjunto de problemas: fome, guerras civis, aids, miséria, catástrofes naturais, fraca economia, fronteiras artificiais – formam um verdadeiro barril de pólvora. A Maioria dos países africanos passou por algum conflito nos últimos quinze anos: Ruanda, Burundi, Serra Leoa, Libéria, Sudão, Somália, Etiópia, Eritréia, República Democrática do Congo, Angola, Moçambique, Argélia são alguns exemplos.
· SUDÃO (GUERRA CIVIL) - Os conflitos no Sudão começaram em 1983, quando o então presidente Jafar Numeri tentou impor a lei islâmica no sul do país de maioria cristã. A maioria das etnias oprimidas, então, passaram a organizar a resistência armada contra o governo muçulmano. Foi uma das guerras mais longas e mais mortíferas do final do século XX.
No dia 8 de julho de 2011( ONU 14 de julho), a população do sul celebrou a independência, resultado de um referendo feito no começo do ano, conforme previa o acordo de paz de 2005 que encerrou décadas de guerra civil. O novo país tem Juba como capital, e foi reconhecido oficialmente pelo governo do Sudão, com sede em Cartum, horas antes da secessão formal.
· RUANDA - Hutus versus Tutsis: ódio entre duas etnias em Ruanda. Em Ruanda, uma rebelião ocorrida logo após a independência em relação á Bélgica (1962) recolocou as tribos hutus na posição de mando original, isto é, nas mãos dos hutus.
· BURUNDI - Sem saída para o mar, o Burundi está situado no centro-leste da África, na região dos Grandes Lagos. Desde a independência, na década de 1960, é palco de violentos combates que envolvem tutsis e hutus - etnias também em conflito na vizinha Ruanda -, com centenas de milhares de mortos e refugiados.
· GUERRA DO CONGO: A Guerra Mundial Africana - A Primeira Guerra do Congo (1996-1997) foi uma guerra de seis meses desenvolvida no Zaire, que tinha o objetivo de derrubar o ditador nacionalista Mobutu Sese Seko (apoiado pelos EUA). As forças de oposição a Mobutu eram lideradas pelo líder guerrilheiro Laurent-Désiré Kabila, com o apoio dos países vizinhos (especialmente Ruanda e Uganda). Tomando Kinshasa, Kabila declarou-se presidente e alterou o nome do país para República Democrática do Congo. A Segunda Guerra do Congo, também conhecida como a Guerra Mundial Africana ou a Grande Guerra de África, foi um conflito armado que se iniciou em 1998 e terminou oficialmente em 2003 quando o Governo de Transição da República Democrática do Congo tomou o poder. A maior guerra na história moderna de África, um dos conflitos mais mortíferos desde a Segunda Guerra Mundial, envolveu diretamente oito países africanos, bem como cerca de 25 grupos armados. 3,8 milhões de pessoas morreram, a maioria de inanição e doenças. Vários outros milhões foram deslocados das suas casas ou procuraram asilo em países vizinhos
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