sábado, 26 de setembro de 2020

Significado de Revolução Verde -2ª Etapa – Geografia

 C.E.DR. JOÃO LULA

 Ciências Humanas e suas Tecnologias- GEOGRAFIA Ensino Médio,

2ª Etapa – Geografia Prof. João Correia 

O que foi a Revolução Verde:



Revolução Verde é o nome dado ao conjunto de iniciativas tecnológicas que transformou as práticas agrícolas e aumentou drasticamente a produção de alimentos no mundo.

A Revolução Verde teve início na década de 1950 no México. Seu precursor foi o engenheiro agrônomo Norman Borlaug, que desenvolveu técnicas químicas capazes de dar maior resistência às plantações de milho e trigo, além de otimizar os métodos de produção agrícola

Os métodos introduzidos por Borlaug foram tão efetivos que em poucos anos o México passou de importador, para exportador de trigo. Assim, outros países subdesenvolvidos, em especial a Índia, adotaram as novas práticas, que rapidamente se popularizaram no resto do mundo.

Em 1970, Norman Borlaug recebeu o Prêmio Nobel da Paz, tendo em vista que seu trabalho teve grandes consequências humanitárias.

Como se iniciou a Revolução Verde?

Em 1944, Norman Borlaug mudou-se para o México para trabalhar como geneticista e fitopatologista. Como desafio inicial, combateu a chamada “ferrugem do colmo”, um fungo que afetava as plantações de trigo, matando as plantas e diminuindo severamente a produção.

Fungo Puccinia granimis, conhecido como "Ferrugem do Colmo".

Borlaug conseguiu cruzar geneticamente duas variedades de trigo: uma resistente ao fungo e outra adaptada às condições locais do México. Em apenas três anos, Borlaug selecionou os cruzamentos bem sucedidos, os adotou como modelo e eliminou o fungo, aumentando assim a produtividade.

No entanto, além da resistência a doenças, o novo trigo respondeu de forma muito efetiva a fertilizantes, o que resultou em plantas fartas e de alta estatura, que acabavam quebrando com o peso dos grãos.

Lodging

Exemplo de planta que não sustentou seu próprio peso. O fenômeno é conhecido na agricultura como "lodging".

Em 1953, através de novos cruzamentos genéticos, Borlaug obteve o chamado “trigo meio anão”. Este novo trigo possuia caules mais curtos e mais fortes, capazes de suportar o peso dos grãos, mantendo a resistência a doenças e a alta produtividade. Essa nova espécie de trigo ficou conhecida como “Sementes Milagrosas” e é, até hoje, o tipo de trigo mais cultivado no mundo.

Trigo Meio Anão

Norman Borlaug segurando a nova espécie de trigo meio anão.

Dessa forma, com o aumento extremo da produção de trigo no México, teve início a Revolução Verde, que em poucos anos transformou o paradigma agrícola no mundo inteiro.

Bases da Revolução Verde

A Revolução Verde baseou-se fortemente em elementos como:

  • modificação genética de sementes
  • mecanização da produção
  • uso intensivo de produtos químicos (fertilizantes e pesticidas)
  • introdução de novas tecnologias de plantio, irrigação e colheita
  • produção massificada de produtos iguais como forma de otimizar a produção

Desvantagens da Revolução Verde

Embora a Revolução Verde tenha sido extremamente benéfica nas suas primeiras décadas, seus aspectos negativos são facilmente observáveis, tais como:

  • altíssimo nível de utilização de água para sustentar seus métodos
  • alta dependência de tecnologia oriunda de países desenvolvidos
  • redução da diversidade genética (tendo em vista que a prioridade é cultivar produtos homogêneos para otimizar a produção e obter maior lucro)
  • sustentabilidade questionável
  • alto nível de degradação ambiental
  • aumento da concentração de renda

Revolução Verde no Brasil

O Brasil adotou os métodos da Revolução Verde no fim da década de 1960, resultando no período chamado “Milagre Econômico”. Na época, o país se tornou um produtor de larga escala e passou a exportar alimentos, em especial a soja.

Objetivo não alcançado

Norman Borlaug trabalhou no México em parceria com a Fundação Rockefeller, que tinha como slogan da empresa o fim da fome no mundo. É estimado que o trabalho de Borlaug tenha salvo um bilhão de pessoas da fome, o que lhe conferiu diversas honrarias.

No entanto, estudos demonstram que a Revolução Verde está intimamente ligada ao aumento descontrolado da taxa de natalidade no mundo, sobretudo em países subdesenvolvidos.

Dessa forma, ao longo do tempo, o aumento demográfico superou o aumento da produção de alimentos. Hoje em dia, o número de pessoas passando fome é superior ao número de pessoas nesta situação antes da Revolução Verde.


segunda-feira, 21 de setembro de 2020

Socialismo -Ensino Médio, 1ª Etapa -EJA– TEC - Geografia

 



C.E.DR. JOÃO LULA

Ciências Humanas e suas Tecnologias- GEOGRAFIA


Ensino Médio, 1ª Etapa -EJA– TEC - Geografia

Prof. João Correia

Socialismo

Segundo Florival Cárcere, no livro História Geral, Socialismo é o conjunto de doutrinas que defendia uma melhor distribuição da riqueza produzida pelo trabalho. Seus pensadores afirmavam que isso ocorreria através de reformas sociais e em casos extremos, com o fim do Capitalismo.

É uma forma de pensar a sociedade diferente da perspectiva capitalista, levando em conta o social em detrimento  do individualismo capitalista.

=> Nesta aula, iremos aprender a origem e as características do Socialismo.

Origem do Socialismo

Encontra suas origens:

       nos valores defendidos na Revolução Francesa e nas mudanças sociais trazidas pela Revolução Industrial (segunda metade do Séc. XVIII);

       nas péssimas condições de vidas a que estavam submetidos os operários  no inicio da industrialização;

Alguns pensadores quiseram procurar soluções para tal situação. Eles criticaram o que conceberam como injustiça, desigualdades e sofrimentos gerados pela revolução e o mercado livre laissez faire  no qual ela se sustentava.

Correntes do Socialismo

       Socialismo utópico – acreditavam na transformação social através da livre iniciativa dos homens e da conscientização dos homens. Representantes: Saint Simon (administração conjunta de todos sobre a produção); Charles Fourier (criação dos Falanstérios); Robert Owen (“cooperativas de produção”  Fundador das Trade Unions).

       Socialismo cristão - uma tentativa de aplicar os ensinamentos de amor e de respeito ao próximo aos problemas sociais gerados pela industrialização. Representante: Papa Leão XIII com a Encíclica Rerum Novarum e Leon Toltoi.

       Anarquismo - Pregava a supressão de toda e qualquer forma de governo, defendendo a liberdade de forma geral. Representantes: Mikhail Bakunin e  Piotr Kropotkin.

       Socialismo  cientifico ou marxismo - proposto por Karl Marx e Friedrich Engels. O marco histórico é o livro Manifesto Comunista de 1848.

As três fontes do Marxismo são:

Materialismo histórico ou dialético: toda sociedade é determinada, em última instância, por suas condições socioeconômicas, chamadas de “infraestrutura”.

Luta de classes : a história de todas as sociedades que existiram até nossos dias tem sido a história das lutas de classes. Estas lutas darão origem à revolução que produzirá efeitos sociais, políticos e ideológicos.

Mais-valia: é o valor não remunerado do trabalho do operário, que é apropriado pelos capitalistas.

       Socialismo  cientifico ou marxismo - proposto por Karl Marx e Friedrich Engels. O marco histórico é o livro Manifesto Comunista de 1848.

As três fontes do Marxismo são:

Materialismo histórico ou dialético: toda sociedade é determinada, em última instância, por suas condições socioeconômicas, chamadas de “infraestrutura”.

Luta de classes : a história de todas as sociedades que existiram até nossos dias tem sido a história das lutas de classes. Estas lutas darão origem à revolução que produzirá efeitos sociais, políticos e ideológicos.

Mais-valia: é o valor não remunerado do trabalho do operário, que é apropriado pelos capitalistas.

Revolução socialista

SOCIALISMO    COMUNISMO

                                                              

                                                               ETAPA FINAL E MAIS ELEVADA DO                                                                        DESENVOLVIMENTO HUMANO

FASE DE TRANSIÇÃO ENTRE O CAPITALISMO E O     COMUNISMO

O ESTADO É O RESPONSÁVEL PELO CONTROLE DOS MEIOS DE PRODUÇÃO. POSTERIORMENTE DEVERIA DESAPARECER, POIS O ESTADO SEMPRE REPRESENTOU O PODER E A DOMINAÇÃO DE UM GRUPO SOBRE OS DEMAIS.

Para o historiador Gilberto Cotrim, trata-se de um "socialismo autoritário", devido ao terror político implementado pelos diversos regimes socialistas que existiram no mundo

Características do socialismo*

A economia não estaria sujeita a crises, a desempregos, porque ela seria planejada, havendo um controle por parte da coletividade sobre o processo social de produção e distribuição, portanto, o indivíduo não seria mais dominado pelas forças imprevisíveis do mercado.

Meios de produção socializados: no socialismo toda estrutura produtiva, como empresas comerciais, indústrias, terras agrícolas, dentre outras, são de propriedade da sociedade e gerenciados pelo Estado. Toda riqueza gerada pelos processos produtivos é igualmente dividida entre todos.

*Disponível em: http://www.brasilescola.com/geografia/as-caracteristicas-socialismo.htm

Inexistência de sociedade dividida em classes: como os meios de produção pertencem à sociedade, existe somente uma classe; a dos proletários. Todos trabalham em conjunto para melhorar a sociedade. Por isso não existem empregados nem patrões.

Economia planificada e controlada pelo Estado: o Estado realiza o controle de todos os segmentos da economia e é responsável por regular a produção e o estoque, o valor do salário, controle dos preços e etc.

*Disponível em: http://www.brasilescola.com/geografia/as-caracteristicas-socialismo.htm

Diferenças entre Capitalismo e Socialismo

Capitalismo

       Propriedade privada dos bens de produção;

       controle do mercado pela livre-concorrência e competição;

       investimentos privados em pesquisas e desenvolvimento de produtos;

       sociedade dividida em classes sociais: burguesia e proletariado.

Socialismo

       Controle dos bens de produção pelo Estado;

       monopólio do mercado pelo Estado;

       planificação dos investimentos em pesquisa pelo Estado;

       Ausência de classes sociais.

Crise do Socialismo(causas)

       O supercentralização estatal, a corrupção e a falta de concorrência fizeram subir o custo de produção da indústria;

       redução da qualidade dos produtos para atingir metas de produção;

       a burocracia do partido único anulava as liberdades individuais dos cidadãos comuns, gerava falta de perspectivas sociais;

       limitação do desenvolvimento industrial de alguns setores para não retirar emprego do burocratas do partido único;

       falta de investimento nas indústrias de bens de consumo;

       dificuldade de competir na economia mundial, devido à baixa qualidade dos produtos;

       conflitos de nacionalidades: Iugoslávia, Rússia e entre as próprias repúblicas soviéticas;

       a partir de 1980 diversos protestos criaram condições para as mudanças estruturais, com adoção de práticas capitalistas que culminam com o fim do bloco socialista;

       implosão do bloco socialista: URSS com o presidente Mikhail Gorbatchev (1985) que inicia a abertura política (Glasnost) e a reestruturação econômica (Perestroika), culminando com a dissolução da URSS em 1991 e a formação da Comunidade dos Estados Independentes (CEI).

O socialismo hoje

       Há controvérsias em como considerar os casos do socialismo de Cuba, China, Coreia do Norte e Vietnã, por exemplo. É preciso uma análise cuidadosa de cada um deles, por terem características próprias.

       O que é Socialismo de mercado? A expressão é uma contradição em termos, pois, em sua origem, o Socialismo visa a abolir justamente as características econômicas do Capitalismo.

A China (um caso particular)

A China, que desde a implantação do

socialismo (1949) não seguiu os

passos soviéticos, é outro caso à parte.

Há estudiosos que a qualificam como

um país de sistema político socialista

e sistema econômico capitalista.

Na realidade, temos uma ditadura

do Partido Único, que coíbe

manifestações de liberdades políticas e democráticas.

Ao mesmo tempo o governo permite  mecanismos próprios do Capitalismo, nas atividades econômicas.

“O socialismo perdeu, mas o capitalismo não ganhou.”

Domenico de Masi 

(Sociólogo italiano)


AULA EJA/TEC - 14 de Setembro 2020 - Significado da Globalização






O que é a Globalização:

Globalização é o processo de aproximação entre as diversas sociedades e nações existentes por todo o mundo, seja no âmbito econômico, social, cultural ou político. Porém, o principal destaque dado pela globalização está na integração de mercado existente entre os países.

A globalização permitiu uma maior conexão entre pontos distintos do planeta, fazendo com que compartilhassem de características em comum. Desta forma, nasce a ideia de Aldeia Global, ou seja, um mundo globalizado onde tudo está interligado.

O processo de globalização se constitui pelo modo como os mercados de diferentes países e regiões interagem entre si, aproximando mercadorias e pessoas.

Costumes, tradições, comidas e produtos típicos de determinada localidade passam a estar presentes em outros lugares totalmente diferentes. Isso acontece graças a troca e liberdade de informações que a globalização pode proporcionar.

A quebra de fronteiras gerou uma expansão capitalista onde foi possível realizar transações financeiras e expandir os negócios - até então restritos ao mercado interno - para mercados distantes e emergentes.

Tipos de Globalização

A globalização é a junção de vários aspectos que unem civilizações de diferentes cantos do globo. Os principais fatores que caracterizam a formação da globalização são: a economia, a cultura e a informação.

Globalização econômica

O surgimento dos blocos econômicos - países que se juntam para fomentar relações comerciais, como por exemplo, o Mercosul e a União Europeia - foi resultado desse processo econômico.

O impacto exercido pela globalização no mercado de trabalho, no comércio internacional, na liberdade de movimentação e na qualidade de vida da população varia a intensidade de acordo com o nível de desenvolvimento das nações.

O período em que a globalização econômica mais se intensificou foi em meados do século XX, com a Terceira Revolução Industrial (conhecida também como "Revolução Técnico-Científica").

Globalização cultural

A aproximação entre as diferentes nações do mundo também proporcionou a troca de costumes, culturas e tradições típicas. Estas, por sua vez, passam pelo processo de aculturação, ou seja, quando vários elementos culturais são misturados, criando uma espécie de "mutação das culturas".

Desta forma, valores e símbolos culturais que pertenciam originalmente a uma região ou nação, passam a estar presentes em todos os cantos do mundo e vice-versa. Como consequência, cresce a necessidade de haver um maior debate sobre a tolerância entre as diferenças culturais.

Saiba mais sobre a Aculturação.

As novas tecnologias de informação e a troca constante de bens de consumo entre os países (produtos, filmes, séries, músicas, etc) contribuem para a globalização cultural.

O Halloween, por exemplo, uma festividade típica na América do Norte, passou a ser celebrado em outros lugares, como no Brasil, devido a absorção dos costumes desses países norte-americanos.

Globalização da informação

O desenvolvimento das tecnologias de informação, com destaque para o advento da internet, foi o principal responsável pelo surgimento do conceito deste tipo de globalização.

Com as redes sociais online (como o Twitter, por exemplo), as pessoas que têm acesso à internet podem receber e enviar informações instantaneamente para todas as partes do mundo.

Unindo a globalização cultural com a necessidade de transmitir informações que possam ser recebidas e interpretadas em todo o planeta, também surgiu a ideia de determinar um idioma globalizado. Ou seja, uma língua que possa servir como elo entre todas as outras.

Atualmente, o idioma inglês é considerado o mais adotado entre todos os países como alternativa para garantir a comunicação, principalmente através da internet.

Economia Cultura Informação

Blocos econômicos Aculturação / Hibridismo cultural Internet

Transnacionais / Multinacionais (capitalismo) Ampliação da diversidade cultural vs. Xenofobia Comunicação instantânea

Internacionalização dos fluxos de capitais. "Mutação das culturas" Idioma globalizado

Efeitos da Globalização

O mundo globalizado é construído por um conjunto de "redes", seja de informações, transportes, de comércio, etc. Todos esses aspectos passam a estar interligados, gerando uma maior interação espaço-temporal entre as nações.

A expansão das empresas e criação das multinacionais é outro efeito significativo para o mundo contemporâneo a partir da globalização. Desta forma, empresas presentes em determinado país passam a atuar em outras nações, gerando empregos e possibilidade de trocas comerciais entre as regiões.

No entanto, também é preciso destacar o ponto de vista negativo deste novo cenário. Em alguns casos, a presença de "empresas globais" em países subdesenvolvidos representa a exploração destes, seja da mão de obra ou de matérias-primas locais.

A globalização também provocou a criação dos blocos econômicos, grupos de países que se unem em prol do desenvolvimento e crescimento de suas respectivas economias. A União Europeia, o Mercosul e o NAFTA são alguns dos blocos econômicos mais conhecidos.

Encolhimento do mundo

Com o desenvolvimento tecnológico, as distâncias foram "encurtadas". Conforme mostra a imagem abaixo, o tempo de locomoção foi acelerado ao longo dos anos, fazendo com que seja mais fácil percorrer longas distâncias ao redor do mundo. Esta facilidade contribuiu para a consolidação do processo de globalização.

encolhimento mundo novo

Vantagens e Desvantagens da Globalização

Como muitos outros fenômenos de elevada complexidade, a globalização apresenta pontos positivos e negativos:

Pontos positivos

Importante no combate à inflação e ajudou a economia ao facilitar a entrada de produtos importados;

O consumidor teve acesso a produtos importados de melhor qualidade e mais baratos, assim como produtos nacionais mais acessíveis e de melhor qualidade;

Com as multinacionais, a globalização permite que investidores de outros países invistam no estrangeiro e vice-versa;

Promove o desenvolvimento tecnológico;

Potencializa as trocas comerciais internacionais (bens e serviços);

Abre as portas para diferentes culturas, tradições e possibilidade de conhecer costumes de outros países de modo mais acessível;

Melhora o relacionamento entre os países dos vários continentes.

Pontos negativos

Concentração da riqueza. A maior parte do dinheiro fica nos países mais desenvolvidos e apenas 25% dos investimentos internacionais vão para as nações em desenvolvimento, o que faz disparar o número de pessoas que vivem em extrema pobreza;

Alguns economistas afirmam que nas últimas décadas, a globalização e a revolução tecnológica e científica (que são responsáveis pela automação da produção) são as principais causas do aumento do desemprego;

A aculturação pode descaracterizar os costumes culturais de um determinado país;

Apropriação cultural indevida, causando o desvirtuamento de signos e símbolos tradicionais das nações;

Exploração da matéria-prima e da mão de obra barata (quando países desenvolvidos se instalam em países mais pobres);

Disseminação de atividades criminosas e ilegais que antes concentravam-se apenas em uma determinada região para todo o resto do mundo;

Uso da internet como veículo para atividades ilegais como a prostituição, a pedofilia, o tráfico de drogas, armas e animais, o aumento de organizações criminosas, a "lavagem de dinheiro" e, consequente, aumento dos "paraísos fiscais".

Características da Globalização

Não é estática, ou seja, está em constante evolução, desenvolvimento e transformação;

Aculturação (adoção, adaptação e mistura de diferentes elementos culturais);

Criação de blocos econômicos, cujo principal objetivo e estreitar as relações comerciais entre os membros participantes;

"Aldeia Global" (mundo como uma grande comunidade única, devido aos avanços tecnológicos nos sistemas de transporte e comunicação);

Expansão do capitalismo;

Fortalecer as relações comerciais;

Internacionalização dos fluxos de capitais;

Privatização de empresas estatais (Neoliberalismo);

"Quebra" de barreiras fronteiriças;

Tempo de deslocamento através do espaço reduzido;

Presença de multinacionais / transnacionais;

Avanço das tecnologias de comunicação e dos meios de transporte;

Surgimento das multinacionais;

Informações transmitidas instantaneamente (internet);

Aumento da concorrência e competição econômica.

Saiba mais sobre características da globalização e blocos econômicos

Origem da Globalização

O complexo fenômeno da globalização teve início no século XV (Era das Grandes Navegações), quando as potências europeias da época começaram a explorar os oceanos, descobrindo novas terras. No entanto, apenas com a Revolução Industrial (século XVIII) é que a globalização começa a se desenvolver e a ganhar corpo.

Outro passo importante para o desenvolvimento da globalização ocorreu em meados do século XIX, com a consolidação de tecnologias que serviriam para encurtar distâncias, tornando as viagens mais rápidas, como a eletricidade e o navio a vapor.

Com os grandes avanços tecnológicos que o século XX trouxe, aliado ao sistema capitalista que se consolidou mundialmente com a queda da União Soviética, nasce uma grande necessidade de expandir o fluxo comercial entre as nações.

As inovações nas áreas das telecomunicações e da informática, especialmente com a Internet (Quarta Revolução Industrial) foram determinantes para a construção de um mundo globalizado.

Resumindo, o processo de globalização pode ser dividido em quatro principais fases:

1ª Fase: Grande Navegações e Descobertas Marítimas (século XV) - Revolução Industrial (século XVIII)

2ª Fase: Revolução Industrial - 2ª Guerra Mundial: expansão do capitalismo.

3ª Fase: 2ª Guerra Mundial - queda do Muro de Berlim, fim da União Soviética e do regime socialista (Guerra Fria - 1989).

4ª Fase: Nova Ordem Mundial: domínio total do capitalismo.

Veja também o significado da Pós-Modernidade e saiba mais sobre o muro de Berlim.

Globalização no Brasil

Assim como a maioria dos países capitalistas, o Brasil também se mantém no mercado internacional, participando na compra e venda de produtos e serviços entre as outras nações.

O país pertence a um bloco econômico (o Mercosul), garantindo a sua participação, em parceria com outras nações, na formulação de estratégias econômicas que visem o crescimento dos países-membros.

Em 1990, com a introdução do Plano Collor (Neoliberal), o Brasil passa a adotar uma série de medidas que acelera a sua consolidação no mundo globalizado.

O crescimento da indústria, a privatização de estatais (com o Neoliberalismo) e o surgimento de empresas multinacionais são alguns dos fatores importantes que ajudaram a fortalecer o país neste novo cenário.

Saiba mais sobre o significado do Neoliberalismo.

Globalização e o meio ambiente

Com a globalização, os impactos foram extremamente agressivos e negativos para o meio ambiente. Os interesses das corporativas capitalistas são baseados nas explorações de matérias-primas da natureza de maneira insustentável, poluindo e contaminando os ambientes naturais.

Um dos princípios da globalização contemporânea é o consumo. Para que sejam produzidos produtos que correspondam ao número de consumidores existentes atualmente, a quantidade de matéria-prima extraída é enorme. A maioria das empresas não faz este processo de extração com responsabilidade ambiental.

As consequências são as alterações climáticas, catástrofes ambientais e demais eventos que prejudicam a vida do ser humano e dos demais seres vivos.

Globalização segundo Milton Santos

Milton Santos, famoso geógrafo e intelectual brasileiro, abordou a globalização nos seus últimos livros. Ele mencionou seus aspectos econômicos, e analisou o papel desempenhado pelas empresas na internacionalização do capital, e também os fluxos financeiros e o impacto que estes causam na cultura local.

Milton Santos teorizou e criticou algumas destas características do mundo de hoje, e no final de sua vida, sugeriu uma globalização solidária, que fosse centrada em valores que não fossem ligados à hegemonia.

BRASIL: UM PAÍS DE MIGRANTES Paratodos Chico Buarque


 

MOVIMENTOS POPULACIONAIS - Ensino Médio, 3º ano – Geografia

 


MOVIMENTOS POPULACIONAIS - Ensino Médio, 3º ano – Geografia

 

C.E.DR. JOÃO LULA

Ciências Humanas e suas Tecnologias- GEOGRAFIA

Ensino Médio, 3º ano – Geografia

Prof. João Correia

MOVIMENTOS POPULACIONAIS

Os movimentos populacionais (migrações) remontam a tempo pré-históricos. Os seres humanos estão sempre à procura de lugares que ofereçam melhores condições de vida.

FATORES QUE CONTRIBUEM PARA A MIGRAÇÃO

       Políticos;

       Conflitos religiosos;

       Conflitos étnicos-raciais;

       Naturais;

       Econômicos.

       Os FATORES ECONÔMICOS SÃO, SEM DÚVIDA, OS FATORES PREDOMINANTES!

 

TIPOS DE MIGRAÇÃO

       MIGRAÇÕES DEFINITIVAS: quando o migrante se estabelece de forma permanente no local de seu destino. Ex.: no Brasil, os imigrantes italianos, japoneses, e das emigrações de nordestinos para outras regiões do país;

TIPOS DE MIGRAÇÃO

MIGRAÇÕES TEMPORÁRIAS: quando o migrante se desloca por um tempo determinado. Podem ser diárias, quando um trabalhador se desloca de um local para outro para trabalhar, realizadas com fins de lazer, como no caso do turismo, dentre outras.

IMIGRANTE ≠ EMIGRANTE

       IMIGRANTE é aquele que chega a determinada região.

       EMIGRANTE é aquele que sai de determinada região.

       Fatores diversos provocam a saída ou a chegada de determinada pessoa a uma determinada área. No entanto, vale ressaltar que a área que atrai pessoas é denominada de ECÚMENA, enquanto aquela área que “expulsa” pessoas é denominada ANECÚMENA.

 

BRASIL: UM PAÍS DE MIGRANTES

Paratodos

Chico Buarque

O meu pai era paulista
Meu avô, pernambucano
O meu bisavô, mineiro
Meu tataravô, baiano
Meu maestro soberano
Foi Antonio Brasileiro

Foi Antonio Brasileiro
Quem soprou esta toada
Que cobri de redondilhas
Pra seguir minha jornada
E com a vista enevoada
Ver o inferno e maravilhas

Nessas tortuosas trilhas
A viola me redime
Creia, ilustre cavalheiro
Contra fel, moléstia, crime
Use Dorival Caymmi
Vá de Jackson do Pandeiro

Vi cidades, vi dinheiro
Bandoleiros, vi hospícios
Moças feito passarinho
Avoando de edifícios
Fume Ari, cheire Vinícius

Beba Nelson Cavaquinho

Para um coração mesquinho
Contra a solidão agreste
Luiz Gonzaga é tiro certo
Pixinguinha é inconteste
Tome Noel, Cartola, Orestes
Caetano e João Gilberto

Viva Erasmo, Ben, Roberto
Gil e Hermeto, palmas para
Todos os instrumentistas
Salve Edu, Bituca, Nara
Gal, Bethania, Rita, Clara
Evoé, jovens à vista


O meu pai era paulista
Meu avô, pernambucano
O meu bisavô, mineiro
Meu tataravô, baiano
Vou na estrada há muitos anos
Sou um artista brasileiro

EM RELAÇÃO AO ESPAÇO DE DESLOCAMENTO, AS MIGRAÇÕES PODEM SER CLASSIFICADAS EM:

       MIGRAÇÕES INTERNAS OU NACIONAIS: quando realizadas dentro de um mesmo país. As migrações internas são chamadas de intrarregionais, quando feitas de uma região para outra. Já as migrações internas, feitas dentro da mesma região, são denominadas de inter-regionais.

       MIGRAÇÕES EXTERNAS: quando realizadas de um país para outro.

TIPOS DE MIGRAÇÕES INTERNAS

       ÊXODO RURAL: constitui-se no deslocamento de pessoas do campo para a cidade.

CAUSAS DO ÊXODO RURAL

       Mecanização do campo;

       Desastre natural (seca, geada);

       Baixa remuneração;

       Falta de infraestrutura;

       Qualidade de ensino.

CONSEQUÊNCIAS DO ÊXODO RURAL

       Favelização;

       Aumento do desemprego;

       Aumento do subemprego;

       Perda de mão de obra no campo;

       Marginalização;

Movimentos Populacionais


MIGRAÇÃO DE RETORNO

Entende-se como migração de retorno,  a migração de uma pessoa que deixa o seu estado natal, reside algum tempo em outro estado e depois regressa ao seu lugar de nascimento. Geralmente, o motivo da saída dos indivíduos é de ordem econômica (1).

VALE RESSALTAR:

Pernambuco, durante muito tempo, foi uma área ANECÚMENA. Atualmente, diante de tantos investimentos, vem atraindo pessoas de várias regiões do Brasil e até de outros países, tornando-se, portanto, uma área ECÚMENA. Atrai, inclusive, pernambucanos que vêm fazendo a denominada migração de retorno em busca de emprego e melhores condições de vida.

MIGRAÇÕES SAZONAIS OU TRANSUMÂNCIAS

Estão relacionadas às diferentes estações do ano. Essas migrações são do tipo “vai e volta”, isto é, o indivíduo desloca-se de sua área de origem para outra área, retornando posteriormente. No Brasil, podemos citar como exemplo o deslocamento de nordestinos do Agreste, durante a estiagem, para a Zona da Mata,  para a  colheita e a moagem da cana-de-açúcar (2).

NOMADISMO

Caracteriza-se pelo deslocamento constante de povos ou tribos em busca de alimento, pastagem, etc...

MIGRAÇÕES DIÁRIAS OU PENDULARES

São típicas das grandes cidades industriais e das metrópoles mundiais. Constituem deslocamentos diários de milhões de trabalhadores que moram na periferia e nos subúrbios, pela manhã, em direção ao centro, retornando a seus lares, após a jornada de trabalho (4).

MIGRAÇÕES EXTERNAS

       Com a colonização, nos séculos XVI e XVII, ocorreram migrações espontâneas de povoamento e migrações forçadas, como foi o caso do comércio de escravos africanos.

       A partir do século XVIII, em especial durante o século XIX e na primeira metade do século XX, o mundo conheceu um movimento migratório de grandes proporções.

BARREIRAS PARA INIBIR AS MIGRAÇÕES

Hoje diversos países desenvolvidos estão fechando suas fronteiras para os imigrantes e refugiados.

XENOFOBIA

Um problema grave e muito frequente enfrentado por imigrantes nos países ricos é a xenofobia, que é a aversão da população nativa a pessoas de fora, que são, comumente, hostilizadas e agredidas em território estrangeiro.

DESTERRITORIALIZAÇÃO

É o caso de populações inteiras expulsas de seus territórios, o que ocorre em geral em países da Ásia e da África. Esses povos sem território, minorias oprimidas, dispersos em outros países, procuram um lugar para chamar de pátria.

“FUGA DE CÉREBROS”

Fuga de capital humano, também conhecida como fuga de cérebros, é uma emigração seletiva de indivíduos com aptidões técnicas ou de conhecimentos, normalmente, por causa de fatores como conflitos étnicos e guerras civis, falta de oportunidades, risco à saúde, instabilidade política nesses países.

CONSEQUÊNCIAS DAS MIGRAÇÕES

       Contribuição e influência no processo de ocupação e povoamento, na distribuição geográfica da população e, é claro, no próprio desenvolvimento econômico (5);

       Contribuição no processo de miscigenação étnica e na ampliação e difusão cultural entre os povos (6);

CONSEQUÊNCIAS DAS MIGRAÇÕES

Quando a emigração significa a perda de trabalhadores adultos qualificados, bem como a de técnicos cientistas de alto nível, o prejuízo para os países emigratórios é grande. Já para os países imigratórios, as vantagens econômicas são muito grandes (7

CONSEQUÊNCIAS DAS MIGRAÇÕES

       Podem acarretar mudança de costumes, concorrência à mão de obra local e problemas políticos, ideológicos, raciais.

Vantagens econômicas para os países que não possuem condições de atender às necessidades básicas de sua população, tais como emprego, moradia, saúde e educação.

 

 

quarta-feira, 16 de setembro de 2020

Revolução Industrial e o Capitalismo - 1ª ETAPA - EJA-TEC - ANNA BERNARDES

 CENTRO DE ENSINO DR. JOÃO LULA – SALA / CEM.ANNA BERNARDES

PROFESSORA: JOÃO CORREIA

COMPONENTE CURRICULAR: GEOGRAFIA SÉRIE: PRIMEIRA ETAPA - EJA-TEC -SETEMBRO DE 2020 

Revolução Industrial Capitalismo

 O que caracteriza o modo de produção capitalista são as relações assalariadas de produção (trabalho assalariado). As relações de produção capitalistas baseiam-se na propriedade privada dos meios de produção pela burguesia, que substituiu a propriedade feudal, e no trabalho assalariado, que substituiu o trabalho servil do feudalismo. O capitalismo é movido por lucros, portanto, temos duas classes sociais: a burguesia e os trabalhadores assalariados. 

O capitalismo compreende quatro etapas: 

a) Pré-capitalismo: o modo de produção feudal ainda predomina, mas já se desenvolvem relações capitalistas; 

b) Capitalismo comercial: a maior parte dos lucros concentra-se nas mãos dos comerciantes, que constituem a camada hegemônica da sociedade; o trabalho assalariado torna-se mais comum; 

c) Capitalismo industrial: com a revolução industrial, o capital passa a ser investido basicamente nas indústrias, que se tornam à atividade econômica mais importante; o trabalho assalariado firma-se definitivamente; 

d) Capitalismo financeiro: os bancos e outras instituições financeiras passam a controlar as demais atividades econômicas, através de financiamentos à agricultura, à indústria, à pecuária e ao comércio. Modo de produção socialista 

A base econômica do socialismo é a propriedade social dos meios de produção, isto é, os meios de produção são públicos ou coletivos, não existindo empresas privadas. A finalidade da sociedade socialista é a satisfação completa das necessidades materiais e culturais da população: emprego, habitação, educação, saúde. Nela não há separação entre proprietário do capital (patrão) e proprietários da força do trabalho (empregados). Isto não quer dizer que não haja diferenças sociais entre as pessoas, bem como salários desiguais em função de o trabalho ser manual ou intelectual. Com a implosão do mundo socialista, referendado pela Queda do Muro de Berlim, a forma socialista de produção entra em processo de transição para uma produção capitalista.

Países Desenvolvidos e Países Subdesenvolvidos 

Características dos países desenvolvidos

• Dominação econômica; 

• Apresentam estrutura industrial completa, produzem todos os tipos de bens; 

• Agropecuária moderna e intensiva, emprego de máquinas e mão de obra especializada; 

• Desenvolvimento científico e tecnológico elevado; 

• Modernos e eficientes meios de transporte e comunicação; 

• População urbana é maior que a população rural, são urbanizados. Exemplo: Inglaterra, EUA, Alemanha, etc. 

• População Ativa empregada principalmente nos setores secundário e terciário. Exemplo: Estados Unidos, Reino Unido, Alemanha; 

• Pequeno número de analfabetos; 

• Elevado nível de vida da população; 

• Boas condições de alimentação, habitação e saneamento básico; 

• Reduzido crescimento populacional; 

• Baixa taxa de natalidade e mortalidade infantil; 

• Elevada expectativa de vida. 

As sociedades desses países são altamente consumistas. Isto é percebido, sobretudo, devido ao poder aquisitivo elevado da sociedade e à grande quantidade de produtos com tecnologia avançada, que são lançados no mercado a cada ano. Se todas as nações do mundo passassem a consumir supérfluos com a mesma intensidade das nações desenvolvidas, o mundo entraria em colapso, pois não haveria matéria-prima suficiente para abastecer a todos os mercados. A luta por melhores condições de vida da população é visível, principalmente no que diz respeito a uma melhor distribuição de renda, não existindo grandes disparidades entre uma classe social e outra. Para que isso fosse possível, foi necessária a participação direta da sociedade, exigindo dos seus governantes uma postura voltada para os interesses da população. Os governos passaram a cobrar mais impostos das classes sociais mais favorecidas em prol da sociedade. Os impostos cobrados são direcionados à construção de escolas, habitações, estradas, hospitais, programas de saúde, aposentadorias mais justas, etc. Isto foi possível graças ao engajamento consciente de todos os cidadãos na formação do Estado Democrático. 

Características dos países subdesenvolvidos 

• Passaram por um grande processo de exploração durante o período colonial. Colônia de Exploração;

• Baixo nível de industrialização, com exceção de alguns países, como: Brasil, México, os Dragões de Exploração; 

• Dependência econômica, política e cultural em relação às nações desenvolvidas; 

• Deficiência tecnológica e baixo nível de conhecimento científico; 

• Rede de transporte e meios de comunicação deficientes; 

• Baixa produtividade na agricultura que geralmente emprega numerosa mão de obra; 

• População Ativa empregada principalmente nos setores primários ou no setor terciário em atividades marginais (camelôs, trabalhadores sem carteira assinada, etc.). Exemplo: Brasil, Etiópia, Uruguai; 

• Cidades com crescimento muito rápido e cercadas por bairros pobres e miseráveis; 

• Baixo nível de vida da maioria da população; 

• Crescimento populacional elevado; 

• Elevada taxa de natalidade e mortalidade infantil; 

• Expectativa de vida baixa. 

Existem países subdesenvolvidos que são fortemente industrializados, como é o caso do Brasil, México, Argentina, Dragões Asiáticos, etc. A industrialização existente nesses países na verdade é sustentada por países desenvolvidos, que os utilizam para expandir seus parques industriais e garantir lucros vultosos. Um exemplo nítido de expansão industrial é o caso dos Dragões Asiáticos, que evoluíram enormemente nas últimas décadas, principalmente no setor industrial através do capital e tecnologia japonesa. 

Alguns fatores atraem esses investimentos estrangeiros para os países subdesenvolvidos, como: 

• Mão de obra barata e numerosa; 

• Muitas vezes são isentos de pagamento de impostos; 

• Doação de terrenos por parte do governo; 

• Remessa de lucro das transnacionais para a sede dessas empresas; 

• Legislação flexível. Na visão de alguns escritores, como Demétrio Magnoli, “A grande mutação na economia mundial e na geopolítica planetária agravou as desigualdades entre a acumulação de riquezas e a disseminação da pobreza. 

O desenvolvimento assume padrões crescentemente perversos, marginalizando parcelas maiores da população. Em escala mundial, a década de 80 presenciou uma ampliação da fratura econômica entre o Norte e o Sul. Atualmente, os 20% mais ricos da população do planeta repartem entre si 82,7% da riqueza, enquanto os 20% mais pobres dispõem apenas de 1,4%.” A partir daí podemos afirmar que, em parte, o desenvolvimento dos países centrais é, de fato, sustentado à custa da exploração dos países periféricos.

AULA: PROJETO DE PESQUISA - EJA-TEC - ANNA BERNARDES - AS ETAPAS DA PESQUISA

INTRODUÇÃO - JUSTIFICATIVA - ELABORAÇÃO DE PROJETO DE PESQUISA

O planejamento e a execução de uma pesquisa fazem parte de um processo sistematizado que compreende etapas que podem ser detalhadas da seguinte forma: 

1) Escolha do tema; 

2) Revisão de literatura; 

3) Justificativa; 

4) Formulação do problema; 

5) Determinação de objetivos; 

6) Metodologia; 

7) Coleta de dados; 

8) Tabulação de dados; 

9) Análise e discussão dos resultados; 

10) Conclusão da análise dos resultados; 

11) Redação e apresentação do trabalho científico. 

AS ETAPAS DA PESQUISA

01.Escolha do Tema 

Qual a maior dificuldade para escolher um tema? 

Projeto de pesquisa – Como escolher o tema para a pesquisa

O tema é um aspecto ou uma área de interesse de um assunto que se deseja provar ou desenvolver. Escolher um tema significa eleger uma parcela delimitada de um assunto, estabelecendo limites ou restrições para o desenvolvimento da pesquisa pretendida. A definição do tema pode surgir com base na sua observação do cotidiano, na vida profissional, em programas de pesquisa, em contato e relacionamento com especialistas, no feedback de pesquisas já realizadas e em estudo da literatura especializada.

2) Revisão de Literatura Nesta fase você deverá responder às seguintes questões:

 1 - Quem já escreveu e o que já foi publicado sobre o assunto? 

2 - Que aspectos já foram abordados? 

3 - Quais as lacunas existentes na literatura?

 A revisão de literatura é fundamental, porque fornecerá elementos para você evitar a duplicação de pesquisas sobre o mesmo enfoque do tema. Favorecerá a definição de contornos mais precisos do problema a ser estudado . Recomendável: conversar com um ou vários especialistas ANTES. 


Palavras-chave

 Marcadores 

Termos de busca 

Base de dados

3) Justificativa 

Nesta etapa você irá refletir sobre “o porquê” da realização da pesquisa procurando identificar as razões da preferência pelo tema escolhido e sua importância em relação a outros temas. Pergunte a você mesmo: o tema é relevante e, se é, por quê? Quais os pontos positivos que você percebe na abordagem proposta? Que vantagens e benefícios você pressupõe que sua pesquisa irá proporcionar? A justificativa deverá convencer quem for ler o projeto, com relação à importância e à relevância da pesquisa proposta.

PROBLEMA E HIPÓTESE - ELABORAÇÃO DE PROJETO DE PESQUISA

4) Formulação do Problema

É criado a partir do tema escolhido. A pesquisa científica depende da formulação adequada do problema, isto porque objetiva buscar sua solução. Problema é uma questão que a pesquisa pretende responder. Todo o processo de pesquisa irá girar em torno de sua solução. o problema deve ser formulado como pergunta, para facilitar a identificação do que se deseja pesquisar; -o problema deve ter clareza: os termos adotados devem ser definidos para esclarecer os significados com que estão sendo usados na pesquisa; -o problema deve ser preciso: além de definir os termos é necessário que sua aplicação esteja delimitada; -o problema deve ser suscetível de solução: como será pesquisado? Que instrumentos serão utilizados?

Hipóteses Hipóteses 

são suposições colocadas como respostas plausíveis e provisórias para o problema de pesquisa. As hipóteses são provisórias porque poderão ser confirmadas ou refutadas com o desenvolvimento da pesquisa. A hipótese é sempre uma afirmação, uma resposta possível ao problema proposto. A formulação de hipóteses é quase inevitável, para quem é estudioso da área que pesquisa. Geralmente, com base em análises do conhecimento disponível, o pesquisador acaba “apostando” naquilo que pode surgir como resultado de sua pesquisa. Uma vez formulado o problema, é proposta uma resposta suposta, provável e provisória (hipótese), que seria o que ele acha plausível como solução do problema.

5) Determinação de Objetivos 


Os objetivos devem estar coerentes com a justificativa e o problema proposto. O objetivo geral será a síntese do que se pretende alcançar, e os objetivos específicos explicitarão os detalhes e serão desdobramentos do objetivo geral. Os enunciados dos objetivos devem começar com um verbo no infinitivo e este verbo deve indicar uma ação passível de mensuração. 

06) Metodologia Nesta etapa você irá definir onde e como será realizada a pesquisa. Definirá o tipo de pesquisa, a população, a amostragem, os instrumentos de coleta de dados e a forma como pretende tabular e analisar seus dados. A coleta de dados objetiva obter elementos para que os objetivos propostos na pesquisa possam ser alcançados. Neste estágio você escolhe também as possíveis formas de tabulação e apresentação de dados e os meios (métodos estatísticos, instrumentos manuais ou computacionais) que serão usados para facilitar a interpretação e análise dos dados. 

07) Coleta de Dados A coleta de dados compreende o conjunto de operações por meio das quais o modelo de análise é confrontado aos dados coletados. O que coletar? Os dados a serem coletados são aqueles úteis para testar as hipóteses. Eles são determinados pelas variáveis e pelos indicadores. Podemos chamá-los de dados pertinentes. Como coletar? Esta segunda questão refere-se aos instrumentos de coleta de dados, que comporta três operações: 

•Conceber um instrumento capaz de fornecer informações adequadas e necessárias para testar as hipóteses; por exemplo, um questionário ou um roteiro de entrevistas ou de observações. •Testar o instrumento antes de utilizá-lo sistematicamente para se assegurar de seu grau de adequação e de precisão. 

•Colocá-lo sistematicamente em prática e proceder assim à coleta de dados pertinentes. 

Na coleta de dados, o importante não é somente coletar informações que dêem conta dos conceitos (através dos indicadores), mas também obter essas informações de forma que se possa aplicar posteriormente o tratamento necessário para testar as hipóteses. Portanto, é necessário antecipar, ou seja, preocupar-se, desde a concepção do instrumento, com o tipo de informação que ele permitirá fornecer e com o tipo de análise que deverá e poderá ser feito posteriormente. A escolha entre os diferentes métodos de coleta de dados depende das hipóteses de trabalho e da definição dos dados pertinentes decorrentes da problemática. É igualmente importante levar em conta as exigências de formação necessárias para colocar em prática de forma correta cada método escolhido.

 Tabulação de Dados Nesta etapa você poderá lançar mão de recursos manuais ou computacionais para organizar os dados obtidos na pesquisa de campo. Atualmente, com o advento da informática, é natural que você escolha os recursos computacionais para dar suporte à elaboração de índices e cálculos estatísticos, tabelas, quadros e gráficos. 

9) Análise e Discussão dos Resultados Nesta etapa você interpretará e analisará os dados que tabulou e organizou na etapa anterior. A análise deve ser feita para atender aos objetivos da pesquisa e para comparar e confrontar dados e provas com o objetivo de confirmar ou rejeitar a(s) hipótese(s) ou os pressupostos da pesquisa. 

O primeiro passo da análise das informações é a verificação empírica. Mas a realidade é sempre mais complexa do que as hipóteses e questões elaboradas pelo pesquisador, e uma coleta de dados rigorosa sempre traz à tona outros elementos ou outras relações não cogitados inicialmente. Nesse sentido, a análise das informações tem uma segunda função, a de interpretar os fatos não cogitados, rever ou afinar as hipóteses, para que, ao final, o pesquisador seja capaz de propor modificações e pistas de reflexão e de pesquisa para o futuro. Se houver divergência entre os resultados observados e os resultados esperados, será necessário examinar de onde provém esse distanciamento e em que a realidade é diferente do que se presumia no início, elaborando novas hipóteses e, a partir de uma nova análise dos dados disponíveis, examinar em que medida elas se confirmam. 

10) Conclusão da Análise dos Resultados Nesta etapa você já tem condições de sintetizar os resultados obtidos com a pesquisa. Deverá explicitar se os objetivos foram atingidos, se a(s) hipótese(s) ou os pressupostos foram confirmados ou rejeitados. E, principalmente, deverá ressaltar a contribuição da sua pesquisa para o meio acadêmico ou pa-ra o desenvolvimento da ciência e da tecnologia. 

11) Redação e Apresentação do Trabalho Científico Nesta etapa o pesquisador deverá redigir seu relatório de pesquisa. O texto deverá ser escrito de modo apurado, isto é, gramaticalmente correto, frase logicamente claro, terminologicamente preciso e estilisticamente agradável”. Normas de documentação da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) deverão ser consultadas visando à padronização das indicações bibliográficas e a apresentação gráfica do texto. Normas e orientações do próprio curso também deverão ser consultadas.