segunda-feira, 8 de junho de 2020

AULA - 06 - PRIMEIRA ETAPA -EJA TEC - Problemas Ambientais Urbanos

Os principais problemas ambientais estão relacionados ao crescimento acelerado das cidades e à ausência de planejamento público.

Segundo dados da Organização das Nações Unidas, desde o ano de 2010, a humanidade tornou-se urbana, ou seja, a maior parte da população do mundo passou a viver em cidades maiores que 20 mil habitantes. Esse processo de acelerada urbanização vem sendo também acompanhado por uma intensa metropolização, isto é, a concentração da maior parte das pessoas em metrópoles e regiões metropolitanas.
A consequência dessa dinâmica, fruto da industrialização das sociedades, é a formação de grandes metrópoles, cidades com populações na ordem dos milhões e milhões de habitantes, em um processo de crescimento intenso e acelerado, sobretudo nos países subdesenvolvidos, de industrialização tardia. Com isso, assiste-se à manifestação da macrocefalia urbana, quando o espaço urbano não consegue absorver, em termos de renda e infraestrutura, toda a população que nele habita.
Além disso, as alterações no clima local são rapidamente percebidas: aumenta-se a produção de lixo e esgotos, os congestionamentos e a poluição atmosférica se intensificam, as áreas verdes diminuem e os índices de poluição visual e sonora vão ao limite, provocando a ocorrência de inúmeros problemas ambientais urbanos.
Dentre os principais problemas, podemos citar: as ilhas de calor, a inversão térmica, a poluição dos rios, as enchentes e os desmoronamentos.
As Ilhas de Calor são a elevação das temperaturas dos centros urbanos em relação às áreas periféricas e globais. Esse fenômeno ocorre, principalmente, em razão da concentração de casas e prédios em torno de uma área ou região, impedindo ou dificultando a circulação do ar. Além disso, observa-se também que as ilhas de calor são produzidas pelo grande número de vidros e elementos urbanos que refletem os raios solares, ajudando na disseminação destes e do calor por eles produzido, elevando as temperaturas.
Inversão térmica ocorre quando o ar frio que se acumula sobre a superfície se posiciona abaixo de uma camada de ar quente. Como o ar frio é mais denso, ele permanece estacionado, dificultando a circulação atmosférica e impedindo o escoamento dos gases poluentes emitidos por fábricas e veículos. Com isso, uma camada de fumaça ou “ar cinzento” permanece sobre o espaço urbano por vários dias, causando problemas respiratórios para os habitantes.
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poluição dos recursos hídricos é também um dos mais graves problemas ambientais que assolam as cidades. Ela ocorre, principalmente, pela não canalização e tratamento dos esgotos, que vão parar no leito dos rios e pela poluição das bacias hidrográficas, que são as regiões onde qualquer escoamento de água vai despejar nos rios, como as próprias ruas e os espaços urbanos em geral.
Com isso, as enchentes podem surgir como consequência. Com o elevado índice de poluição, bem como o assoreamento dos rios em função da remoção das matas ciliares, o volume das águas podem se elevar acima do normal em alguns cursos d’água. Além disso, a impermeabilização dos solos, com asfalto e cimento, também agrava esse processo.
Os desmoronamentos, por sua vez, também causam grandes tragédias. Eles ocorrem, principalmente, em face do crescimento desordenado das cidades, com ocupações irregulares em áreas de risco, com elevada declividade, como encostas de morros. Com isso, em épocas de chuvas, esses terrenos eventualmente se desmoronam, provocando graves acidentes.
O que podemos perceber é que os problemas ambientais nas cidades estão sempre relacionados ao crescimento desordenado destas e, principalmente, à falta de planejamento. Compete, portanto, aos cidadãos e, sobretudo, às autoridades uma maior consciência e uma política ambiental que contemple a resolução desses problemas.

Aproveite para conferir nossas videoaulas sobre o assunto:
A poluição dos espaços urbanos é um dos principais problemas ambientais das cidades
A poluição dos espaços urbanos é um dos principais problemas ambientais das cidades
Por: Rodolfo F. Alves Pena

Os principais problemas ambientais urbanos:

Problema ambiental deve ser entendido como um desequilíbrio provocado por um choque, um "trauma ecológico", um  impacto ambiental, resultante da ação antrópica (homem) sobre o meio ambiente (1).

 

     As causas dos problemas ambientais urbanos:

       Revolução industrial (industrialização);

       Capitalismo e globalização (Consumismo);

       Urbanização (crescimento desordenado das cidades);

       Aumento populacional (7 bilhões de habitantes no mundo);

        Ineficácia da política de Educação Ambiental.

       As indústrias e os automóveis têm lançado uma grande quantidade de monóxido de carbono e dióxido de carbono na atmosfera que aceleram o processo de aquecimento global.

        A saúde do ser humano, por exemplo, é a mais afetada pela poluição. Doenças respiratórias como: bronquite, rinite alérgica, alergias e asma levam milhares de pessoas aos hospitais todos os anos.

        Outros problemas de saúde são: irritação na pele, lacrimação exagerada, infecção nos olhos, ardência na mucosa da garganta e processos inflamatórios no sistema circulatório (quando os poluentes chegam à circulação) (3).

       A poluição do solo, ou seja, a camada superficial da crosta terrestre, ocorre devido aos malefícios diretos e indiretos causados pela desordenada exploração e ocupação do meio ambiente, depositando no solo elementos químicos estranhos, prejudiciais às formas de vida microbiológica e à colaboração em relação às interações ecológicas regulares.

 

       As causas da poluição do solo são: o acúmulo de lixo sólido, como embalagens de plástico, papel e metal, e de produtos químicos, como fertilizantes, pesticidas e herbicidas (4).

AGROTÓXICO - Consequências

       Uma das principais consequências é a infertilização (empobrecimento) do solo para plantação e a contaminação da água. A terra se torna improdutiva e não se tem como cultivar nenhum outro tipo de plantil.

       Consequências

       A poluição visual, além de contribuir para a perda da identidade das cidades, compromete a segurança dos cidadãos ao prejudicar a sinalização de trânsito e ao tirar a concentração de pedestres e motoristas, contribuindo para o aumento de acidentes de trânsito; e compromete, também, a saúde da população, na medida em que afeta a qualidade de vida das pessoas, sua saúde, segurança e bem-estar

       A poluição sonora é o efeito provocado pela difusão do som em um tom demasiado alto, sendo muito acima do tolerável pelos organismos vivos. Dependendo da sua intensidade, causa danos irreversíveis aos seres humanos (9).

       A poluição sonora é o efeito provocado pela difusão do som em um tom demasiado alto, sendo muito acima do tolerável pelos organismos vivos. Dependendo da sua intensidade, causa danos irreversíveis aos seres humanos (9).

       A problemática do lixo

       O aumento populacional causa uma maior produção de lixo, especialmente no atual modelo de produção e consumo. A coleta, destino e tratamento do lixo são questões a serem solucionadas por várias cidades.

        Em muitos locais, o lixo é despejado nos chamados lixões, locais sem estrutura para o tratamento dos resíduos, trazendo sérios problemas para a meio ambiente e a população (10).

       LIXO - Consequências

       Danos à Biodiversidade e ao homem;

        Proliferação e dispersão de vetores (ratos, baratas, moscas e etc.);

        Produção de chorume;

        Contaminação do solo;

        Geração de gases (aquecimento global);

        Disseminação de doenças (dengue, leptospirose, disenterias, gastrenterites e etc.).

       As enchentes são calamidades naturais ou não, que ocorrem quando um leito natural recebe um volume de água superior ao que pode comportar, resultando em transbordamentos.

       As causas iniciam na fundação de cidades em limites de rios, pelas alterações realizadas em bacias hidrográficas, pelas construções mal projetadas de diques, bueiros e outros responsáveis pela evacuação das águas e ainda pelo depósito errôneo de lixo em vias públicas que, com a força das águas, são arrastados, causando o entupimento dos locais de saída de água.

       Erosão

       A expansão da rede urbana sem o devido planejamento ocasiona na ocupação de áreas inadequadas para a moradia. Encostas de morros, áreas de preservação permanente, planícies de inundação e áreas próximas a rios são loteadas e ocupadas.

        Os resultados são catastróficos, como o deslizamento de encostas, ocasionando a destruição de casas e um grande número de vítimas fatais (11).

       A inversão térmica é um fenômeno natural que ocorre devido ao rápido aquecimento e resfriamento da superfície em alguns locais, e é agravado nos grandes centros urbanos devido à presença de poluentes como o gás carbônico.

       Ocorre quando uma camada de ar frio fica abaixo da primeira camada de ar quente. O ar frio, como é menos denso, tende a ficar retido pela camada de ar quente, que está acima dele, e tende a reter todos os poluentes consigo, uma vez que o ar não circula mais.

       Assim, temos uma inversão térmica que costumamos ver sob a forma de uma faixa cinza alaranjada no horizonte (12).

       INVERSÃO  -   Consequências

       Doenças respiratórias, irritação nos olhos e intoxicações são algumas das consequências da concentração de poluentes na camada de ar próxima ao solo.

       Entre as possíveis medidas para minimizar os danos gerados pela inversão térmica estão a utilização de biocombustíveis, a fiscalização de indústrias, a redução das queimadas e políticas ambientais mais eficazes (

       Ilha de calor é um fenômeno climático que ocorre a partir da elevação da temperatura de uma área urbana se comparada a uma zona rural, por exemplo. Isso quer dizer que nas cidades, especialmente nas grandes, a temperatura é superior a de áreas periféricas, consolidando literalmente uma ilha (climática)

          Chuva ácida

       A verdade é que a chuva já é naturalmente ácida devido à presença de dióxido de carbono (CO2) na atmosfera.

       Com um pH em torno de 5,4, a chuva comum não traz nenhum prejuízo ao homem ou à natureza. Isso porque, a acidez é baixa.

       O problema é que com a queima de combustíveis fósseis, como o petróleo, e o aumento considerável do acúmulo de dióxido de carbono na atmosfera (além do normal) fazem com que o pH da chuva caia para algo entre 5 e 2,2 e se torne extremamente nociva ao homem e à natureza (16).

       ACIDICICAÇÃO DA ÁGUA - Para a Saúde:  libera metais tóxicos que estavam no solo e pode contaminar os rios.

       Nas casas, prédios e demais edifícios: a chuva ácida também ajuda a corroer alguns dos materiais utilizados nas construções, danificando algumas estruturas, como as barragens, as turbinas de geração de energia, etc.

       Para o meio ambiente:

       Lagos:  acidificação dos lagos fazendo perder toda a vida. Os lagos podem ser os mais prejudicados com o efeito das chuvas ácidas, pois podem ficar totalmente acidificados.

       Desflorestamento: destruição das florestas, a chuva ácida provoca incêndios.

       Agricultura: destruição das lavouras (17).

AULA - 06 - TERCEIRO ANO ENSINO MÉDIO - Impactos ambientais nos biomas do planeta

COMPONENTE CURRICULAR GEOGRAFIA

3º ANO DO ENSINO MÉDIO

Impactos ambientais nos biomas do planeta

Prof. João Correia – Geografia

Impacto ambiental deve ser entendido como um desequilíbrio provocado por um choque, um "trauma ecológico“, resultante da ação antrópica (homem) sobre o meio ambiente.

                No entanto, pode ser resultado de acidentes naturais: a explosão de um vulcão, o choque de um meteoro, um raio, etc.                                                                                                                (1)

Resolução normativa CONAMA 001/86 considera “impacto ambiental qualquer alteração das propriedades físicas, químicas e biológicas do meio ambiente, causada por qualquer forma de matéria ou energia resultante das atividades humanas que, direta ou indiretamente, afetam: (2)

   I. a saúde, a segurança e o bem-estar da população;

   II. as atividades sociais e econômicas;

   III. a biota;

   IV. as condições estéticas e sanitárias do meio ambiente;

   V. a qualidade dos recursos ambientais.”

Principais impactos ambientais nos biomas

       Desmatamento.

        Queimadas.

        Chuva ácida.

        Poluição.

        Derramamento de petróleo.

        Aquecimento global.

        Expansão das fronteiras agrícolas e da pecuária. 

          Bioma é um conjunto de diferentes ecossistemas, que possui certo nível de homogeneidade. São as comunidades biológicas, ou seja, as populações de organismos da fauna e da flora, interagindo entre si e interagindo também com o ambiente físico, chamado biótopo.(3)

 Os principais biomas do mundo


Os principais  biomas brasileiros                       

        Floresta amazônica;

        Cerrado;

        Mata dos cocais;

        Campos;

        Mata atlântica;

        Pantanal;

        Caatinga;

        Manguezal;

        Mata araucária;

       OS IMPACTOS AMBIENTAIS, A SEGUIR, ESTÃO DESTRUINDO ESSES BIOMAS E ACABANDO COM A BIODIVERSIDADE

       Os principais impactos ambientais:

       AQUECIMENTO GLOBAL

       DESMATAMENTO

       QUEIMADAS

       EXPANSÃO DAS FRONTEIRAS AGRÍCOLAS E DA PECUÁRIA

As principais consequências dos impactos ambientais nos biomas

   Extinção de espécies animais e vegetais;

   Escassez de água;

   Processo de desertificação dos solos;

   Mudança no regime climático;

   Assoreamento dos rios;

   Diminuição na qualidade de vida da população.

 


AULA - 05 - GEOGRAFIA - SEGUNDA ETAPA EJA - Domínio Morfoclimático das Caatingas


Domínio Morfoclimático das Caatingas

Corresponde à região da depressão sertaneja nordestina, comclima quente e semi-árido e típica vegetação de caatinga formadapor cactáceas, bromeliáceas e árvores.Destaca-se o extrativismo vegetal de fibras, como o caroá, osisal e a piaçava.A bacia do São Francisco atravessa o domínio da caatinga etem destaque pelo aproveitamento hidrelétrico e pelos projetos deirrigação no seu vale, onde a produção de frutas (melão, manga,goiaba, uva) tem apresentado expansão.A tradicional ocupação da caatinga é a pecuária extensiva decorte, com baixo aproveitamento.No domínio da caatinga, aparecem os inselbergs, ou morrosresiduais, resultantes do processo de pediplanação em clima semiárido.

Situação Geográfica Situado no nordeste brasileiro, o domínio morfoclimático das caatingas abrange em seu território a região dos polígonos das secas. Com uma extensão de aproximadamente 850.000 km², este domínio inclui o Estado do Ceará e partes dos Estados da Bahia, de Sergipe, de Alagoas, de Pernambuco, da Paraíba, do Rio Grande do Norte e do Piauí. Tendo como principais cidades: Crato, Petrolina, Juazeiro e Juazeiro do Norte.

Características do Povoamento 
Sendo uma das áreas junto ao domínio morfoclimático dos mares de morros, de colonização pelos europeus (portugueses e holandeses), sua história de povoamento já é bastante antiga. A caatinga foi sempre um palco de lutas de independência, seja ela escravista ou nacionalista. A região tornou-se alvo de bandidos e fugitivos contrários ao Reinado Português e posteriormente ao Império Brasileiro. Como o domínio das caatingas localiza-se numa área de clima seco, logo chamou a atenção dos mesmos para refugiarem-se e construírem suas “fortalezas”, chamados de cangaceiros. Com isso o processo de povoamento, instaurados nos anos 40 e 50, centrou-se mais em áreas próximas ao litoral, mas o governo federal investiu em infra-estrutura na construção de barragens, açudes e canais fluviais, surgindo assim o Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS). Entretanto, o clima “desértico” da caatinga, prejudicou muito a ocupação populacional nesta região, sendo que a caatinga continua sendo uma área preocupante no território brasileiro em vista do seus problemas sociais, que são imensos. Valendo destacar que com todos esses obstáculos sociais e naturais da caatinga, seus habitantes partem para migração em regiões como a Amazônia e o sudeste brasileiro, chamada de migrações de transumância (saída na seca e volta na chuva).

Características Bio-Hidro-Climáticas e Fisiográficas
Com o seu clima semi-árido, o solo só poderia ter características semelhantes. Sendo raso e pedregoso, o solo da caatinga sofre muito intemperismo físico nos latossolos e pouca erosão nos litólicos e há influência de sais em solo, como: solonetz, solodizados, planossolos, solódicos e soonchacks. Segundo Ab´Saber, a textura dos solos da caatinga passa de argilosa para textura média, outra característica é a diversidade de solos e ambientes, como o sertão e o agreste. Mesmo tendo aspectos de um solo pobre, a caatinga nos engana, pois necessita apenas de irrigação para florescer e desenvolver a cultura implantada. Tendo pouca rede de drenagem, os mínimos rios existentes são em sua maioria sazonais ao período das chuvas, que ocorrem num curto intervalo durante o ano. Porém existe um “oásis” no sertão nordestino, o Rio São Francisco, vindo da região central do Brasil, irriga grandes áreas da caatinga, transformando suas margens num solo muito fértil – semelhante o que ocorre com as áreas marginais ao Rio Nilo, no Egito. Neste sentido, comprova-se que a irrigação na caatinga pode e deve ser feita com garantia de bons resultados. Outro fato que chama a atenção, é a vegetação sertaneja, pois ela sobrevive em épocas de extrema estiagem e em razão disso sua casca é dura e seca, conservando a umidade em seu interior. Assim, a região é caracterizada por uma vegetação herbácea tortuosa, tendo como espécies: as cactáceas, o madacaru, o xique-xique, etc.
Condições Ambientais e Economicamente Sustentáveis
Devido o homem não intervir de significativa maneira em seu habitat, o ambiente natural da caatinga encontra-se pouco devastado. Sua região poderia ser ocupada mais a nível agrícola, em virtude do seu solo possuir boas condições de manejo, só necessitando de irrigação artificial. Assim, considerando os fatos apresentados, a caatinga teria condições de desenvolver-se economicamente com a agricultura, que seria de suma importância para acabar com a miséria existente. Mas sem esquecer de utilizar os recursos naturais com equilíbrio, sendo feito de modo organizado e pré-estabelecido à não causar desastres e conseqüências ambientais futuros.

2009


Domínio Morfoclimático das Araucárias



É o domínio que ocupa o planalto da Bacia do Rio Paraná,onde o clima subtropical está associado às médias altitudes, entre800 e 1300 metros. Nesse domínio aparecem áreas com manchas deterra roxa, como no Paraná.A floresta de araucária também é conhecida como Mata dosPinhais; é homogênea, aciculifoliada e tem grande aproveitamentode madeira e erva-mate.A intensa ocupação agrária (café, soja) desse domínio é aresponsável pela devastação dessa floresta.


Situação Geográfica
Encontrado desde o sul paulista até o norte gaúcho, o domínio das araucárias ocupa uma área de 400.000 km², abrangendo em seu território cidades importantes, como: Curitiba, Ponta Grossa, Lages, Caxias do Sul, Passo Fundo, Chapecó e Cascavel.

Características do Povoamento
A região das araucárias foi povoada no final do século XIX, principalmente por imigrantes italianos, alemães, poloneses, ucranianos etc. Com isto, os estrangeiros diversificaram a economia local, o que tornou essa região uma das mais prósperas economicamente. Caracterizado por colônias de imigração estabelecidas pela descendência estrangeira, podemos destacar como principais pontos, as cidades de: Blumenau – SC , colônia alemã; Londrina – PR, colônia japonesa; Caxias do Sul – RS, colônia italiana. Mas a vinda desses imigrantes não foi só boa vontade do governo daquela época. O Brasil tinha acabado de terminar a sua guerra com Paraguai, que deixou muitas perdas em sua população, em virtude disso a solução foi atrair imigrantes europeus e asiáticos.


Características Bio-Hidro-Climáticas e FisiográficasAtualmente, a vegetação de araucária – chamada de pinheiro-do-Paraná, ou pinheiro-braseleiro – pouco resta, as indústrias de celulose e madeireiras da região, fizeram um extrativismo descontrolado que resultou no desaparecimento total em algumas áreas. Sua condição de arbórea, geralmente com mais de 30 m de altura, condiz a um solo profundo, em virtude de suas raízes estabelecerem a sustentação da própria árvore. A região das araucárias encontra-se no planalto meridional onde a altitude pode variar de 500 metros até cerca de 1.200 m. Isso evidencia um clima subtropical em toda sua extensão que mantém uma boa relação com a precipitação existente nesse domínio, variando de 1.200 a 1.800 mm. Nesse sentido, a região identifica-se com uma grande rede de drenagem em toda a sua extensão territorial. O solo é formado principalmente por latossolos brunos e também é encontrado latossolos roxos, cambissolos, terras brunas e solos litólicos. Com estas características, o solo detém uma alta potencialidade agrícola, como: milho, feijão, batata, etc. As morfologias do relevo se destacam por uma forte ondulação até um montanhoso, o que o representa num solo de fácil adesão a processos erosivos, iniciados pela degradação humana e social.

Condições Ambientais e Economicamente Sustentáveis Percebe-se atualmente que esta arbórea quase desapareceu dessa região, devido à descontrolada exploração da araucária para produção de celulose. Felizmente, medidas foram tomadas e hoje a araucária é protegida por lei estadual no Paraná. Mas os questionamentos ambientais não estão somente na vegetação. Devido este solo ser utilizado há anos vêem a ocorrer uma erosividade considerada. Em virtude do mesmo, surge a técnica de manejo agrícola chamada plantio direto, que evidencia uma proteção ao solo nu em épocas de pós-safra. Nesse sentido, o domínio morfoclimático das araucárias, que compreende uma importante área no sul brasileiro, detém um nível de conservação e reestruturação vegetal considerável. Mas não se deve estagnar esse processo positivo, pois necessitamos muito dessas terras férteis que mantém as economias locais.

Domínio Morfoclimático das Pradarias

Domínio representado pelo Pampa, ou Campanha Gaúcha,onde o relevo é baixo, com suaves ondulações (coxilhas) e cobertopela vegetação herbácea das pradarias (campos).A ocupação econômica desse domínio tem-se efetuado pelapecuária extensiva de corte, com gado tipo europeu, obtendo altosrendimentos e pela rizicultura irrigada.



Situação Geográfica
Situado ao extremo sul brasileiro, mais exatamente a sudeste gaúcho, o domínio morfoclimático das pradarias compreende uma extensão, segundo Ab’Saber, de 80.000 km² e de 45.000 km² de acordo com Fontes & Ker – UFV. Tendo como cidades importantes em sua abrangência: Uruguaiana, Bagé, Alegrete, Itaqui e Rosário do Sul.

Características do Povoamento 
Território mãe da cultura gauchesca, suas tradições ultrapassam gerações, demonstrando a força da mesma. Caracterizado por um baixo povoamento, a região destaca-se grandes pelos latifúndios agropastoris, que são até hoje marcas conhecidas dos pampas gaúchos. Os jesuítas iniciaram o povoamento com a catequização dos índios e posteriormente surgem as povoações de charqueadas. Passando por bandeirantes e tropeiros, as pradarias estagnam esse processo (ciclo do charque) com a venda de lotes de terras para militares, pelo governo federal. Devido à proximidade geográfica com a divisão fronteiriça de dois países (Argentina e Uruguai), ocorreram várias tentativas de anexação dos pampas a uma destas nações – devido aos tratados de Madrid e de Tordesilhas. Mas as tentativas foram inválidas, hoje os pampas continuam sendo parte do território brasileiro.

Características Bio-Hidro-Climáticas e Fisiográficas
Como é uma área também chamada de pradarias mistas, o solo condiz ao mesmo. Segundo Ab’Saber, que o caracteriza como diferente de todos os outros domínios morfoclimáticos, existindo o paleossolo vermelho e o paleossolo claro, sendo de clima quente e frio. Denominado um solo jovem, devido guardar materiais ferrosos e primários, sua coloração vêem a ser escura. Estabelecido por um clima subtropical com zonas temperadas úmidas e sub-úmidas, a região é sujeita a sofrer alguma estiagem durante o ano. Sua amplitude térmica alcança índices elevados, como em Uruguaiana, considera a mais alta do Brasil, com 7° a/a. Isto evidencia suas limitações agrícolas, pois o solo é pouco espesso e têm indícios de pedrugosidade. Assim, caracteriza-o a uma atividade pastoril de bovinos e ovinos. Com a utilização do solo sem controle, denota-se um sério problema erosivo que origina as ravinas e posteriormente as voçorocas. Esse processo amplia-se rapidamente e origina o chamado deserto dos pampas. A drenagem existente é perene com rios de grande vazão, como: Rio Uruguai, Rio Ibicuí e o Rio Santa Maria.

Condições Ambientais e Economicamente Sustentáveis 
O domínio morfoclimático das Pradarias detém importantes reservas biológicas, como a do Parque Estadual do Espinilho (Uruguaiana e Barra do Quarai) e a Reserva Biológica de Donato (São Borja). As condições ambientais atuais fora desses parques, são muito preocupantes. Com o início da formação de um deserto que tende a crescer anualmente, essa região está sendo foco de muitos estudos e projetos para estagnar esse processo. Devido ao mau uso da terra pelo homem, como a monocultura e as queimadas, essas darão origem as ravinas, que por sua vez farão surgir às voçorocas. Como o solo é muito arenoso e a morfologia do relevo é levemente ondulado, rapidamente os montantes de areia espalham-se na região ocasionados pela ação eólica. Em virtude a tudo isso, poucas medidas estão sendo tomadas, exceto os estudos feitos. Assim, as autoridades locais deverão estar alerta, para que esse processo erosivo tenha um fim antes que torne toda as pradarias num imenso deserto.

Conclusão


Apredemos que dentre os diversos tipos de clima e relevo existente no Brasil, observamos que os mesmos mantêm grandes relações, sejam elas de espaço, de vegetação, de solo entre outros. Caracterizando vários ambientes a longo de todo território nacional. Para entende-los, é necessário distinguir um dos outros. Pois a sua compreensão deve ser feita isoladamente. Nesse sentido, o geógrafo brasileiro Aziz Ab’Saber, faz uma classificação desses ambientes chamados de Domínios Morfoclimáticos. Este nome, morfoclimático, é devido às características morfológicas e climáticas encontradas nos diferentes domínios, que são 6 (seis) ao todo e mais as faixas de transição. Em cada um desses sistemas, são encontrados aspectos, histórias, culturas e economias divergentes, desenvolvendo singulares condições, como de conservação do ambiente natural e processos erosivos provocados pela ação antrópica. Nesse sentido, este texto vem explicar e exemplificar cada domínio morfoclimático, demonstrando sua localização, área, povoamento, condições bio-hidro-climáticas, preservação ambiental e economia local.

Domínio Morfoclimático dos Cerrados


Corresponde à área do Brasil Central e apresenta extensoschapadões e chapadas, com domínio do clima tropical semi-úmidoe vegetação do cerrado.A vegetação do cerrado é formada por arbustos com troncos egalhos retorcidos, recobertos por casca grossa. Os solos são pobrese ácidos, mas com a utilização do método da calagem, colocando-secalcário no solo, estão sendo aproveitados pelo setor agrícola,transformando-se na nova fronteira da agricultura, representadapela expansão do cultivo da soja, feijão, arroz e outros produtos.Nesse domínio estão as áreas dispersoras da Bacia do Paraná,do Paraguai, do Tocantins, do Madeira e outros rios
destacáveis.


Situação Geográfica
Formado pela própria vegetação de cerrado, nesta área encontram-se as formações de chapadas ou chapadões como a Chapada dos Guimarães e dos Veadeiros, a fauna e flora ali situada, são de grande exuberância, tanto para pontos turísticos, como científicos. Vale destacar que é da região do cerrado que estão três nascentes das principais bacias hidrográficas brasileiras: a Amazônica, a São-Franciscana e a Paranáica.
Localizado na região central do Brasil, o Domínio Morfoclimático do Cerrado detém uma área de 45 milhões de hectares, sendo o segundo maior domínio por extensão territorial. Incluindo neste espaço os Estados: do Mato Grosso, do Mato Grosso do Sul, do Tocantins (parte sul), de Goiás, da Bahia (parte oeste), do Maranhão (parte sudoeste) e de Minas Gerais (parte noroeste). Encontrado ao longo de sua área cidades importantes como: Brasília, Cuiabá, Campo Grande, Goiânia, Palmas e Montes Claros.

Características do Povoamento
Devido a sua localização geográfica ser no interior brasileiro, o povoamento e a ocupação territorial nesta região era fraca, mas o governo federal vem a intervir com os programas de políticas de interiorização do desenvolvimento nos anos 40 e 50, e da política de integração nacional dos anos 70. A primeira é baseada, principalmente, na construção de Brasília e a segunda, nos incentivos aos grandes projetos agropecuários e extrativistas, além de investimentos de infra-estrutura, estradas e hidroelétricas. Com estes recursos, a região vem a atrair investidores e mão-de-obra, e conseqüentemente ocorre um salto no crescimento populacional de cada Estado, como no Mato Grosso que em 1940 sua população era de 430 mil/hab. e em 1970 vai para 1,6 milhões/hab. Tal foi à resposta destes programas, que nos dias de hoje o setor agrícola do cerrado ocupa uma ótima colocação em produção, em virtude de migrações do sul do Brasil

Características Bio-Hidro-Climáticas e Fisiográficas
Centrada no planalto brasileiro, o domínio do cerrado é dividido pelas formações de chapadas que existem ao longo de sua extensão territorial, estas que são “gigantescos degraus” com mais de 500 metros de altura, formadas na era geológica Pré-Cambriana, limitam o planalto central e as planícies – como a Pantaneira. Com sua flora única, constituída por árvores herbáceas tortuosas e de aspecto seco, devido à composição do solo, deficiente em nutrientes e com altas concentrações de alumínio, a região passa por dois períodos sazonais de precipitação, os secos e os chuvosos. Com sua vegetação rasteira e de campos limpos, o clima tropical existente nesta área, condiz a uma boa formação e um ótimo crescimento das plantas.
Condições Ambientais e Ecologicamente Sustentáveis
Em vista desses aspectos fisiográficos, o cerrado atraiu muita atenção para a agricultura, o que lhe tornou uma região de grande produção de grãos como a soja e agropastoril, com a ótima adaptação dos gados zebu, nelore e ibagé. Em virtude disso, o solo nativo foi retirado e alterado por outra vegetação, condizendo a uma maior facilidade aos processos erosivos, devido à falta de cobertura vegetal, seja ela gramínea ou herbácea. Nesse sentido, faz-se muito pouco pela preservação e conservação das matas nativas – a não ser nas áreas demarcadas como reservas bio-ecológicas. Outra exploração ativa é a mineral, como o ouro e o diamante, donde decorre uma grande devastação à natureza.