Ciências Humanas e suas Tecnologias- GEOGRAFIA
Ensino Médio,
2ª Etapa – Geografia
Prof. João Correia
O que foi a Revolução Verde:
Revolução Verde é o nome dado ao conjunto de iniciativas tecnológicas que transformou as práticas agrícolas e aumentou drasticamente a produção de alimentos no mundo.
A Revolução Verde teve início na década de 1950 no México. Seu precursor foi o engenheiro agrônomo Norman Borlaug, que desenvolveu técnicas químicas capazes de dar maior resistência às plantações de milho e trigo, além de otimizar os métodos de produção agrícola
Os métodos introduzidos por Borlaug foram tão efetivos que em poucos anos o México passou de importador, para exportador de trigo. Assim, outros países subdesenvolvidos, em especial a Índia, adotaram as novas práticas, que rapidamente se popularizaram no resto do mundo.
Em 1970, Norman Borlaug recebeu o Prêmio Nobel da Paz, tendo em vista que seu trabalho teve grandes consequências humanitárias.
Como se iniciou a Revolução Verde?
Em 1944, Norman Borlaug mudou-se para o México para trabalhar como geneticista e fitopatologista. Como desafio inicial, combateu a chamada “ferrugem do colmo”, um fungo que afetava as plantações de trigo, matando as plantas e diminuindo severamente a produção.
Fungo Puccinia granimis, conhecido como "Ferrugem do Colmo".
Borlaug conseguiu cruzar geneticamente duas variedades de trigo: uma resistente ao fungo e outra adaptada às condições locais do México. Em apenas três anos, Borlaug selecionou os cruzamentos bem sucedidos, os adotou como modelo e eliminou o fungo, aumentando assim a produtividade.
No entanto, além da resistência a doenças, o novo trigo respondeu de forma muito efetiva a fertilizantes, o que resultou em plantas fartas e de alta estatura, que acabavam quebrando com o peso dos grãos.
Exemplo de planta que não sustentou seu próprio peso. O fenômeno é conhecido na agricultura como "lodging".
Em 1953, através de novos cruzamentos genéticos, Borlaug obteve o chamado “trigo meio anão”. Este novo trigo possuia caules mais curtos e mais fortes, capazes de suportar o peso dos grãos, mantendo a resistência a doenças e a alta produtividade. Essa nova espécie de trigo ficou conhecida como “Sementes Milagrosas” e é, até hoje, o tipo de trigo mais cultivado no mundo.
Norman Borlaug segurando a nova espécie de trigo meio anão.
Dessa forma, com o aumento extremo da produção de trigo no México, teve início a Revolução Verde, que em poucos anos transformou o paradigma agrícola no mundo inteiro.
Bases da Revolução Verde
A Revolução Verde baseou-se fortemente em elementos como:
modificação genética de sementes
mecanização da produção
uso intensivo de produtos químicos (fertilizantes e pesticidas)
introdução de novas tecnologias de plantio, irrigação e colheita
produção massificada de produtos iguais como forma de otimizar a produção
Desvantagens da Revolução Verde
Embora a Revolução Verde tenha sido extremamente benéfica nas suas primeiras décadas, seus aspectos negativos são facilmente observáveis, tais como:
altíssimo nível de utilização de água para sustentar seus métodos
alta dependência de tecnologia oriunda de países desenvolvidos
redução da diversidade genética (tendo em vista que a prioridade é cultivar produtos homogêneos para otimizar a produção e obter maior lucro)
sustentabilidade questionável
alto nível de degradação ambiental
aumento da concentração de renda
Revolução Verde no Brasil
O Brasil adotou os métodos da Revolução Verde no fim da década de 1960, resultando no período chamado “Milagre Econômico”. Na época, o país se tornou um produtor de larga escala e passou a exportar alimentos, em especial a soja.
Objetivo não alcançado
Norman Borlaug trabalhou no México em parceria com a Fundação Rockefeller, que tinha como slogan da empresa o fim da fome no mundo. É estimado que o trabalho de Borlaug tenha salvo um bilhão de pessoas da fome, o que lhe conferiu diversas honrarias.
No entanto, estudos demonstram que a Revolução Verde está intimamente ligada ao aumento descontrolado da taxa de natalidade no mundo, sobretudo em países subdesenvolvidos.
Dessa forma, ao longo do tempo, o aumento demográfico superou o aumento da produção de alimentos. Hoje em dia, o número de pessoas passando fome é superior ao número de pessoas nesta situação antes da Revolução Verde.
Segundo Florival Cárcere, no livro História Geral, Socialismo
é o conjunto de doutrinas que defendia uma melhor distribuição da riqueza
produzida pelo trabalho. Seus pensadores afirmavam que isso ocorreria através
de reformas sociais e em casos extremos, com o fim do Capitalismo.
É uma forma de pensar a sociedade diferente da
perspectiva capitalista, levando em conta o social em detrimentodo individualismo capitalista.
=> Nesta aula, iremos aprender a origem e as
características do Socialismo.
Origem do Socialismo
Encontra suas origens:
•nos
valores defendidos na Revolução Francesa e nas mudanças sociais trazidas pela
Revolução Industrial (segunda metade do Séc. XVIII);
•nas
péssimas condições de vidas a que estavam submetidos os operáriosno inicio da industrialização;
Alguns pensadores quiseram procurar soluções para tal
situação. Eles criticaram o que
conceberam como injustiça, desigualdades e sofrimentos gerados pela revolução e
o mercado livre laissez
faire no qual ela se sustentava.
Correntes do Socialismo
•Socialismo
utópico – acreditavam na transformação social através da livre iniciativa
dos homens e da conscientização dos homens. Representantes: Saint Simon (administração
conjunta de todos sobre a produção); Charles Fourier (criação dos
Falanstérios); Robert Owen (“cooperativas de produção”Fundador das Trade Unions).
•Socialismo
cristão - uma tentativa de aplicar os ensinamentos de amor e de respeito ao
próximo aos problemas sociais gerados pela industrialização. Representante:
Papa Leão XIII com a Encíclica Rerum Novarum e Leon Toltoi.
•Anarquismo
- Pregava a supressão de toda e qualquer forma de governo, defendendo a
liberdade de forma geral. Representantes: Mikhail Bakunin ePiotr Kropotkin.
•Socialismocientifico ou marxismo - proposto por
Karl Marx e Friedrich Engels. O marco histórico é o livro Manifesto Comunista
de 1848.
As três fontes do Marxismo são:
1ª Materialismo histórico ou dialético: toda
sociedade é determinada, em última instância, por suas condições
socioeconômicas, chamadas de “infraestrutura”.
2ª Luta de classes : a história de
todas as sociedades que existiram até nossos dias tem sido a história das lutas
de classes. Estas lutas darão origem à revolução que produzirá efeitos sociais,
políticos e ideológicos.
3ª Mais-valia: é o valor não remunerado
do trabalho do operário, que é apropriado pelos capitalistas.
•Socialismocientifico ou marxismo - proposto por
Karl Marx e Friedrich Engels. O marco histórico é o livro Manifesto Comunista
de 1848.
As três fontes do Marxismo são:
1ª Materialismo histórico ou dialético: toda
sociedade é determinada, em última instância, por suas condições
socioeconômicas, chamadas de “infraestrutura”.
2ª Luta de classes : a história de
todas as sociedades que existiram até nossos dias tem sido a história das lutas
de classes. Estas lutas darão origem à revolução que produzirá efeitos sociais,
políticos e ideológicos.
3ª Mais-valia: é o valor não remunerado
do trabalho do operário, que é apropriado pelos capitalistas.
Revolução socialista
SOCIALISMO≠COMUNISMO
ETAPA
FINAL E MAIS ELEVADA DO DESENVOLVIMENTO
HUMANO
FASE DE TRANSIÇÃO ENTRE O CAPITALISMO E OCOMUNISMO
O ESTADO É O RESPONSÁVEL PELO CONTROLE DOS MEIOS DE
PRODUÇÃO. POSTERIORMENTE DEVERIA DESAPARECER, POIS O ESTADO SEMPRE REPRESENTOU
O PODER E A DOMINAÇÃO DE UM GRUPO SOBRE OS DEMAIS.
Para o historiador Gilberto Cotrim, trata-se de um
"socialismo autoritário", devido ao terror político implementado
pelos diversos regimes socialistas que existiram no mundo
Características do socialismo*
A economia não estaria sujeita a crises, a desempregos,
porque ela seria planejada, havendo um controle por parte da coletividade sobre
o processo social de produção e distribuição, portanto, o indivíduo não seria
mais dominado pelas forças imprevisíveis do mercado.
Meios de produção socializados: no socialismo toda
estrutura produtiva, como empresas comerciais, indústrias, terras agrícolas,
dentre outras, são de propriedade da sociedade e gerenciados pelo Estado. Toda
riqueza gerada pelos processos produtivos é igualmente dividida entre todos.
Inexistência de sociedade dividida em classes: como os
meios de produção pertencem à sociedade, existe somente uma classe; a dos
proletários. Todos trabalham em conjunto para melhorar a sociedade. Por isso
não existem empregados nem patrões.
Economia planificada e controlada pelo Estado: o Estado
realiza o controle de todos os segmentos da economia e é responsável por
regular a produção e o estoque, o valor do salário, controle dos preços e etc.
•controle
do mercado pela livre-concorrência e competição;
•investimentos
privados em pesquisas e desenvolvimento de produtos;
•sociedade
dividida em classes sociais: burguesia e proletariado.
Socialismo
•Controle
dos bens de produção pelo Estado;
•monopólio
do mercado pelo Estado;
•planificação
dos investimentos em pesquisa pelo Estado;
•Ausência
de classes sociais.
Crise do Socialismo(causas)
•O
supercentralização estatal, a corrupção e a falta de concorrência fizeram subir
o custo de produção da indústria;
•redução
da qualidade dos produtos para atingir metas de produção;
•a
burocracia do partido único anulava as liberdades individuais dos cidadãos
comuns, gerava falta de perspectivas sociais;
•limitação
do desenvolvimento industrial de alguns setores para não retirar emprego do
burocratas do partido único;
•falta
de investimento nas indústrias de bens de consumo;
•dificuldade
de competir na economia mundial, devido à baixa qualidade dos produtos;
•conflitos
de nacionalidades: Iugoslávia, Rússia e entre as próprias repúblicas
soviéticas;
•a
partir de 1980 diversos protestos criaram condições para as mudanças
estruturais, com adoção de práticas capitalistas que culminam com o fim do
bloco socialista;
•implosão
do bloco socialista: URSS com o presidente Mikhail Gorbatchev (1985) que inicia
a abertura política (Glasnost) e a reestruturação econômica (Perestroika),
culminando com a dissolução da URSS em 1991 e a formação da Comunidade dos
Estados Independentes (CEI).
O socialismo hoje
•Há
controvérsias em como considerar os casos do socialismo de Cuba, China, Coreia
do Norte e Vietnã, por exemplo. É preciso uma análise cuidadosa de cada um
deles, por terem características próprias.
•O
que é Socialismo de mercado? A expressão é uma contradição em termos, pois,
em sua origem, o Socialismo visa a abolir justamente as características
econômicas do Capitalismo.
A China (um caso particular)
A China, que desde a implantação do
socialismo (1949) não seguiu os
passos soviéticos, é outro caso à parte.
Há estudiosos que a qualificam como
um país de sistema político socialista
e sistema econômico capitalista.
Na realidade, temos uma ditadura
do Partido Único, que coíbe
manifestações de liberdades políticas e democráticas.
Ao mesmo tempo o governo permitemecanismos próprios do Capitalismo, nas
atividades econômicas.
“O socialismo perdeu, mas o capitalismo não ganhou.”
Domenico de Masi
(Sociólogo italiano)
AULA EJA/TEC - 14 de Setembro 2020 - Significado da Globalização
O que é a Globalização:
Globalização é o processo de aproximação entre as diversas sociedades e nações existentes por todo o mundo, seja no âmbito econômico, social, cultural ou político. Porém, o principal destaque dado pela globalização está na integração de mercado existente entre os países.
A globalização permitiu uma maior conexão entre pontos distintos do planeta, fazendo com que compartilhassem de características em comum. Desta forma, nasce a ideia de Aldeia Global, ou seja, um mundo globalizado onde tudo está interligado.
O processo de globalização se constitui pelo modo como os mercados de diferentes países e regiões interagem entre si, aproximando mercadorias e pessoas.
Costumes, tradições, comidas e produtos típicos de determinada localidade passam a estar presentes em outros lugares totalmente diferentes. Isso acontece graças a troca e liberdade de informações que a globalização pode proporcionar.
A quebra de fronteiras gerou uma expansão capitalista onde foi possível realizar transações financeiras e expandir os negócios - até então restritos ao mercado interno - para mercados distantes e emergentes.
Tipos de Globalização
A globalização é a junção de vários aspectos que unem civilizações de diferentes cantos do globo. Os principais fatores que caracterizam a formação da globalização são: a economia, a cultura e a informação.
Globalização econômica
O surgimento dos blocos econômicos - países que se juntam para fomentar relações comerciais, como por exemplo, o Mercosul e a União Europeia - foi resultado desse processo econômico.
O impacto exercido pela globalização no mercado de trabalho, no comércio internacional, na liberdade de movimentação e na qualidade de vida da população varia a intensidade de acordo com o nível de desenvolvimento das nações.
O período em que a globalização econômica mais se intensificou foi em meados do século XX, com a Terceira Revolução Industrial (conhecida também como "Revolução Técnico-Científica").
Globalização cultural
A aproximação entre as diferentes nações do mundo também proporcionou a troca de costumes, culturas e tradições típicas. Estas, por sua vez, passam pelo processo de aculturação, ou seja, quando vários elementos culturais são misturados, criando uma espécie de "mutação das culturas".
Desta forma, valores e símbolos culturais que pertenciam originalmente a uma região ou nação, passam a estar presentes em todos os cantos do mundo e vice-versa. Como consequência, cresce a necessidade de haver um maior debate sobre a tolerância entre as diferenças culturais.
Saiba mais sobre a Aculturação.
As novas tecnologias de informação e a troca constante de bens de consumo entre os países (produtos, filmes, séries, músicas, etc) contribuem para a globalização cultural.
O Halloween, por exemplo, uma festividade típica na América do Norte, passou a ser celebrado em outros lugares, como no Brasil, devido a absorção dos costumes desses países norte-americanos.
Globalização da informação
O desenvolvimento das tecnologias de informação, com destaque para o advento da internet, foi o principal responsável pelo surgimento do conceito deste tipo de globalização.
Com as redes sociais online (como o Twitter, por exemplo), as pessoas que têm acesso à internet podem receber e enviar informações instantaneamente para todas as partes do mundo.
Unindo a globalização cultural com a necessidade de transmitir informações que possam ser recebidas e interpretadas em todo o planeta, também surgiu a ideia de determinar um idioma globalizado. Ou seja, uma língua que possa servir como elo entre todas as outras.
Atualmente, o idioma inglês é considerado o mais adotado entre todos os países como alternativa para garantir a comunicação, principalmente através da internet.
Transnacionais / Multinacionais (capitalismo)Ampliação da diversidade cultural vs. XenofobiaComunicação instantânea
Internacionalização dos fluxos de capitais."Mutação das culturas"Idioma globalizado
Efeitos da Globalização
O mundo globalizado é construído por um conjunto de "redes", seja de informações, transportes, de comércio, etc. Todos esses aspectos passam a estar interligados, gerando uma maior interação espaço-temporal entre as nações.
A expansão das empresas e criação das multinacionais é outro efeito significativo para o mundo contemporâneo a partir da globalização. Desta forma, empresas presentes em determinado país passam a atuar em outras nações, gerando empregos e possibilidade de trocas comerciais entre as regiões.
No entanto, também é preciso destacar o ponto de vista negativo deste novo cenário. Em alguns casos, a presença de "empresas globais" em países subdesenvolvidos representa a exploração destes, seja da mão de obra ou de matérias-primas locais.
A globalização também provocou a criação dos blocos econômicos, grupos de países que se unem em prol do desenvolvimento e crescimento de suas respectivas economias. A União Europeia, o Mercosul e o NAFTA são alguns dos blocos econômicos mais conhecidos.
Encolhimento do mundo
Com o desenvolvimento tecnológico, as distâncias foram "encurtadas". Conforme mostra a imagem abaixo, o tempo de locomoção foi acelerado ao longo dos anos, fazendo com que seja mais fácil percorrer longas distâncias ao redor do mundo. Esta facilidade contribuiu para a consolidação do processo de globalização.
encolhimento mundo novo
Vantagens e Desvantagens da Globalização
Como muitos outros fenômenos de elevada complexidade, a globalização apresenta pontos positivos e negativos:
Pontos positivos
Importante no combate à inflação e ajudou a economia ao facilitar a entrada de produtos importados;
O consumidor teve acesso a produtos importados de melhor qualidade e mais baratos, assim como produtos nacionais mais acessíveis e de melhor qualidade;
Com as multinacionais, a globalização permite que investidores de outros países invistam no estrangeiro e vice-versa;
Promove o desenvolvimento tecnológico;
Potencializa as trocas comerciais internacionais (bens e serviços);
Abre as portas para diferentes culturas, tradições e possibilidade de conhecer costumes de outros países de modo mais acessível;
Melhora o relacionamento entre os países dos vários continentes.
Pontos negativos
Concentração da riqueza. A maior parte do dinheiro fica nos países mais desenvolvidos e apenas 25% dos investimentos internacionais vão para as nações em desenvolvimento, o que faz disparar o número de pessoas que vivem em extrema pobreza;
Alguns economistas afirmam que nas últimas décadas, a globalização e a revolução tecnológica e científica (que são responsáveis pela automação da produção) são as principais causas do aumento do desemprego;
A aculturação pode descaracterizar os costumes culturais de um determinado país;
Apropriação cultural indevida, causando o desvirtuamento de signos e símbolos tradicionais das nações;
Exploração da matéria-prima e da mão de obra barata (quando países desenvolvidos se instalam em países mais pobres);
Disseminação de atividades criminosas e ilegais que antes concentravam-se apenas em uma determinada região para todo o resto do mundo;
Uso da internet como veículo para atividades ilegais como a prostituição, a pedofilia, o tráfico de drogas, armas e animais, o aumento de organizações criminosas, a "lavagem de dinheiro" e, consequente, aumento dos "paraísos fiscais".
Características da Globalização
Não é estática, ou seja, está em constante evolução, desenvolvimento e transformação;
Aculturação (adoção, adaptação e mistura de diferentes elementos culturais);
Criação de blocos econômicos, cujo principal objetivo e estreitar as relações comerciais entre os membros participantes;
"Aldeia Global" (mundo como uma grande comunidade única, devido aos avanços tecnológicos nos sistemas de transporte e comunicação);
Expansão do capitalismo;
Fortalecer as relações comerciais;
Internacionalização dos fluxos de capitais;
Privatização de empresas estatais (Neoliberalismo);
"Quebra" de barreiras fronteiriças;
Tempo de deslocamento através do espaço reduzido;
Presença de multinacionais / transnacionais;
Avanço das tecnologias de comunicação e dos meios de transporte;
Saiba mais sobre características da globalização e blocos econômicos
Origem da Globalização
O complexo fenômeno da globalização teve início no século XV (Era das Grandes Navegações), quando as potências europeias da época começaram a explorar os oceanos, descobrindo novas terras. No entanto, apenas com a Revolução Industrial (século XVIII) é que a globalização começa a se desenvolver e a ganhar corpo.
Outro passo importante para o desenvolvimento da globalização ocorreu em meados do século XIX, com a consolidação de tecnologias que serviriam para encurtar distâncias, tornando as viagens mais rápidas, como a eletricidade e o navio a vapor.
Com os grandes avanços tecnológicos que o século XX trouxe, aliado ao sistema capitalista que se consolidou mundialmente com a queda da União Soviética, nasce uma grande necessidade de expandir o fluxo comercial entre as nações.
As inovações nas áreas das telecomunicações e da informática, especialmente com a Internet (Quarta Revolução Industrial) foram determinantes para a construção de um mundo globalizado.
Resumindo, o processo de globalização pode ser dividido em quatro principais fases:
1ª Fase: Grande Navegações e Descobertas Marítimas (século XV) - Revolução Industrial (século XVIII)
2ª Fase: Revolução Industrial - 2ª Guerra Mundial: expansão do capitalismo.
3ª Fase: 2ª Guerra Mundial - queda do Muro de Berlim, fim da União Soviética e do regime socialista (Guerra Fria - 1989).
4ª Fase: Nova Ordem Mundial: domínio total do capitalismo.
Veja também o significado da Pós-Modernidade e saiba mais sobre o muro de Berlim.
Globalização no Brasil
Assim como a maioria dos países capitalistas, o Brasil também se mantém no mercado internacional, participando na compra e venda de produtos e serviços entre as outras nações.
O país pertence a um bloco econômico (o Mercosul), garantindo a sua participação, em parceria com outras nações, na formulação de estratégias econômicas que visem o crescimento dos países-membros.
Em 1990, com a introdução do Plano Collor (Neoliberal), o Brasil passa a adotar uma série de medidas que acelera a sua consolidação no mundo globalizado.
O crescimento da indústria, a privatização de estatais (com o Neoliberalismo) e o surgimento de empresas multinacionais são alguns dos fatores importantes que ajudaram a fortalecer o país neste novo cenário.
Saiba mais sobre o significado do Neoliberalismo.
Globalização e o meio ambiente
Com a globalização, os impactos foram extremamente agressivos e negativos para o meio ambiente. Os interesses das corporativas capitalistas são baseados nas explorações de matérias-primas da natureza de maneira insustentável, poluindo e contaminando os ambientes naturais.
Um dos princípios da globalização contemporânea é o consumo. Para que sejam produzidos produtos que correspondam ao número de consumidores existentes atualmente, a quantidade de matéria-prima extraída é enorme. A maioria das empresas não faz este processo de extração com responsabilidade ambiental.
As consequências são as alterações climáticas, catástrofes ambientais e demais eventos que prejudicam a vida do ser humano e dos demais seres vivos.
Globalização segundo Milton Santos
Milton Santos, famoso geógrafo e intelectual brasileiro, abordou a globalização nos seus últimos livros. Ele mencionou seus aspectos econômicos, e analisou o papel desempenhado pelas empresas na internacionalização do capital, e também os fluxos financeiros e o impacto que estes causam na cultura local.
Milton Santos teorizou e criticou algumas destas características do mundo de hoje, e no final de sua vida, sugeriu uma globalização solidária, que fosse centrada em valores que não fossem ligados à hegemonia.
Os movimentos populacionais (migrações) remontam a tempo
pré-históricos. Os seres humanos estão sempre à procura de lugares que ofereçam
melhores condições de vida.
FATORES QUE CONTRIBUEM PARA A MIGRAÇÃO
•Políticos;
•Conflitos
religiosos;
•Conflitos
étnicos-raciais;
•Naturais;
•Econômicos.
•Os FATORES ECONÔMICOS SÃO, SEM DÚVIDA, OS
FATORES PREDOMINANTES!
TIPOS DE MIGRAÇÃO
•MIGRAÇÕES
DEFINITIVAS: quando o migrante se
estabelece de forma permanente no local de seu destino. Ex.: no Brasil, os
imigrantes italianos, japoneses, e das emigrações de nordestinos para outras
regiões do país;
TIPOS DE MIGRAÇÃO
MIGRAÇÕES TEMPORÁRIAS: quando o migrante se desloca por um tempo
determinado. Podem ser diárias, quando um trabalhador se desloca de um local
para outro para trabalhar, realizadas com fins de lazer, como no caso do
turismo, dentre outras.
IMIGRANTE ≠ EMIGRANTE
•IMIGRANTE é aquele que chega a determinada região.
•EMIGRANTE é aquele que sai de determinada região.
•Fatores diversos provocam a saída ou a
chegada de determinada pessoa a uma determinada área. No entanto, vale
ressaltar que a área que atrai pessoas é denominada de ECÚMENA, enquanto aquela área que “expulsa” pessoas é denominada ANECÚMENA.
BRASIL: UM PAÍS DE MIGRANTES
Paratodos
Chico Buarque
O meu pai era paulista
Meu avô, pernambucano
O meu bisavô, mineiro
Meu tataravô, baiano
Meu maestro soberano
Foi Antonio Brasileiro
Foi Antonio Brasileiro
Quem soprou esta toada
Que cobri de redondilhas
Pra seguir minha jornada
E com a vista enevoada
Ver o inferno e maravilhas
Nessas tortuosas trilhas
A viola me redime
Creia, ilustre cavalheiro
Contra fel, moléstia, crime
Use Dorival Caymmi
Vá de Jackson do Pandeiro
Vi cidades, vi dinheiro
Bandoleiros, vi hospícios
Moças feito passarinho
Avoando de edifícios
Fume Ari, cheire Vinícius
Beba Nelson Cavaquinho
Para um coração mesquinho
Contra a solidão agreste
Luiz Gonzaga é tiro certo
Pixinguinha é inconteste
Tome Noel, Cartola, Orestes
Caetano e João Gilberto
Viva Erasmo, Ben, Roberto
Gil e Hermeto, palmas para
Todos os instrumentistas
Salve Edu, Bituca, Nara
Gal, Bethania, Rita, Clara
Evoé, jovens à vista
O meu pai era paulista
Meu avô, pernambucano
O meu bisavô, mineiro
Meu tataravô, baiano
Vou na estrada há muitos anos
Sou um artista brasileiro
EM RELAÇÃO AO ESPAÇO DE DESLOCAMENTO, AS MIGRAÇÕES PODEM SER
CLASSIFICADAS EM:
•MIGRAÇÕES
INTERNAS OU NACIONAIS: quando
realizadas dentro de um mesmo país. As migrações internas são chamadas de
intrarregionais, quando feitas de uma região para outra. Já as migrações internas,
feitas dentro da mesma região, são denominadas de inter-regionais.
•MIGRAÇÕES
EXTERNAS: quando realizadas de um país
para outro.
TIPOS DE MIGRAÇÕES INTERNAS
•ÊXODO RURAL: constitui-se no deslocamento
de pessoas do campo para a cidade.
CAUSAS DO ÊXODO RURAL
•Mecanização do campo;
•Desastre natural (seca, geada);
•Baixa remuneração;
•Falta de infraestrutura;
•Qualidade de ensino.
CONSEQUÊNCIAS DO ÊXODO RURAL
•Favelização;
•Aumento do desemprego;
•Aumento do subemprego;
•Perda de mão de obra no campo;
•Marginalização;
Movimentos Populacionais
MIGRAÇÃO DE RETORNO
Entende-se como migração de retorno,a migração de uma pessoa que deixa o seu
estado natal, reside algum tempo em outro estado e depois regressa ao seu lugar
de nascimento. Geralmente, o motivo da saída dos indivíduos é de ordem
econômica (1).
VALE RESSALTAR:
Pernambuco, durante muito tempo, foi uma área ANECÚMENA.
Atualmente, diante de tantos investimentos, vem atraindo pessoas de várias
regiões do Brasil e até de outros países, tornando-se, portanto, uma área
ECÚMENA. Atrai, inclusive, pernambucanos que vêm fazendo a denominada migração
de retorno em busca de emprego e melhores condições de vida.
MIGRAÇÕES SAZONAIS OU TRANSUMÂNCIAS
Estão relacionadas às diferentes estações do ano. Essas
migrações são do tipo “vai e volta”, isto é, o indivíduo desloca-se de sua área
de origem para outra área, retornando posteriormente. No Brasil, podemos citar
como exemplo o deslocamento de nordestinos do Agreste, durante a estiagem, para
a Zona da Mata,para acolheita e a moagem da cana-de-açúcar (2).
NOMADISMO
Caracteriza-se pelo deslocamento constante de povos ou
tribos em busca de alimento, pastagem, etc...
MIGRAÇÕES DIÁRIAS OU PENDULARES
São típicas das grandes cidades industriais e das metrópoles
mundiais. Constituem deslocamentos diários de milhões de trabalhadores que
moram na periferia e nos subúrbios, pela manhã, em direção ao centro,
retornando a seus lares, após a jornada de trabalho (4).
MIGRAÇÕES EXTERNAS
•Com
a colonização, nos séculos XVI e XVII, ocorreram migrações espontâneas de
povoamento e migrações forçadas, como foi o caso do comércio de escravos africanos.
•A
partir do século XVIII, em especial durante o século XIX e na primeira metade
do século XX, o mundo conheceu um movimento migratório de grandes proporções.
BARREIRAS PARA INIBIR AS MIGRAÇÕES
Hoje diversos países desenvolvidos estão fechando suas
fronteiras para os imigrantes e refugiados.
XENOFOBIA
Um problema grave e muito frequente enfrentado por
imigrantes nos países ricos é a xenofobia, que é a aversão da população nativa
a pessoas de fora, que são, comumente, hostilizadas e agredidas em território
estrangeiro.
DESTERRITORIALIZAÇÃO
É o caso de populações inteiras expulsas de seus
territórios, o que ocorre em geral em países da Ásia e da África. Esses povos
sem território, minorias oprimidas, dispersos em outros países, procuram um
lugar para chamar de pátria.
“FUGA DE CÉREBROS”
Fuga de capital humano, também conhecida como fuga de
cérebros, é uma emigração seletiva de indivíduos com aptidões técnicas ou de
conhecimentos, normalmente, por causa de fatores como conflitos étnicos e
guerras civis, falta de oportunidades, risco à saúde, instabilidade política
nesses países.
CONSEQUÊNCIAS DAS MIGRAÇÕES
•Contribuição
e influência no processo de ocupação e povoamento, na distribuição geográfica
da população e, é claro, no próprio desenvolvimento econômico (5);
•Contribuição
no processo de miscigenação étnica e na ampliação e difusão cultural entre os
povos (6);
CONSEQUÊNCIAS DAS MIGRAÇÕES
Quando a emigração significa a perda de trabalhadores
adultos qualificados, bem como a de técnicos cientistas de alto nível, o
prejuízo para os países emigratórios é grande. Já para os países imigratórios,
as vantagens econômicas são muito grandes (7
CONSEQUÊNCIAS DAS MIGRAÇÕES
•Podem
acarretar mudança de costumes, concorrência à mão de obra local e problemas
políticos, ideológicos, raciais.
Vantagens econômicas para os países que não possuem
condições de atender às necessidades básicas de sua população, tais como
emprego, moradia, saúde e educação.
CENTRO DE ENSINO DR. JOÃO LULA – SALA / CEM.ANNA BERNARDES
PROFESSORA: JOÃO CORREIA
COMPONENTE CURRICULAR: GEOGRAFIA SÉRIE: PRIMEIRA ETAPA - EJA-TEC -SETEMBRO DE 2020
Revolução Industrial Capitalismo
O que caracteriza o modo de produção capitalista são as relações assalariadas de produção (trabalho assalariado). As relações de produção capitalistas baseiam-se na propriedade privada dos meios de produção pela burguesia, que substituiu a propriedade feudal, e no trabalho assalariado, que substituiu o trabalho servil do feudalismo. O capitalismo é movido por lucros, portanto, temos duas classes sociais: a burguesia e os trabalhadores assalariados.
O capitalismo compreende quatro etapas:
a) Pré-capitalismo: o modo de produção feudal ainda predomina, mas já se desenvolvem relações capitalistas;
b) Capitalismo comercial: a maior parte dos lucros concentra-se nas mãos dos comerciantes, que constituem a camada hegemônica da sociedade; o trabalho assalariado torna-se mais comum;
c) Capitalismo industrial: com a revolução industrial, o capital passa a ser investido basicamente nas indústrias, que se tornam à atividade econômica mais importante; o trabalho assalariado firma-se definitivamente;
d) Capitalismo financeiro: os bancos e outras instituições financeiras passam a controlar as demais atividades econômicas, através de financiamentos à agricultura, à indústria, à pecuária e ao comércio. Modo de produção socialista
A base econômica do socialismo é a propriedade social dos meios de produção, isto é, os meios de produção são públicos ou coletivos, não existindo empresas privadas. A finalidade da sociedade socialista é a satisfação completa das necessidades materiais e culturais da população: emprego, habitação, educação, saúde. Nela não há separação entre proprietário do capital (patrão) e proprietários da força do trabalho (empregados). Isto não quer dizer que não haja diferenças sociais entre as pessoas, bem como salários desiguais em função de o trabalho ser manual ou intelectual. Com a implosão do mundo socialista, referendado pela Queda do Muro de Berlim, a forma socialista de produção entra em processo de transição para uma produção capitalista.
Países Desenvolvidos e Países Subdesenvolvidos
Características dos países desenvolvidos
• Dominação econômica;
• Apresentam estrutura industrial completa, produzem todos os tipos de bens;
• Agropecuária moderna e intensiva, emprego de máquinas e mão de obra especializada;
• Desenvolvimento científico e tecnológico elevado;
• Modernos e eficientes meios de transporte e comunicação;
• População urbana é maior que a população rural, são urbanizados. Exemplo: Inglaterra, EUA, Alemanha, etc.
• População Ativa empregada principalmente nos setores secundário e terciário. Exemplo: Estados Unidos, Reino Unido, Alemanha;
• Pequeno número de analfabetos;
• Elevado nível de vida da população;
• Boas condições de alimentação, habitação e saneamento básico;
• Reduzido crescimento populacional;
• Baixa taxa de natalidade e mortalidade infantil;
• Elevada expectativa de vida.
As sociedades desses países são altamente consumistas. Isto é percebido, sobretudo, devido ao poder aquisitivo elevado da sociedade e à grande quantidade de produtos com tecnologia avançada, que são lançados no mercado a cada ano. Se todas as nações do mundo passassem a consumir supérfluos com a mesma intensidade das nações desenvolvidas, o mundo entraria em colapso, pois não haveria matéria-prima suficiente para abastecer a todos os mercados. A luta por melhores condições de vida da população é visível, principalmente no que diz respeito a uma melhor distribuição de renda, não existindo grandes disparidades entre uma classe social e outra. Para que isso fosse possível, foi necessária a participação direta da sociedade, exigindo dos seus governantes uma postura voltada para os interesses da população. Os governos passaram a cobrar mais impostos das classes sociais mais favorecidas em prol da sociedade. Os impostos cobrados são direcionados à construção de escolas, habitações, estradas, hospitais, programas de saúde, aposentadorias mais justas, etc. Isto foi possível graças ao engajamento consciente de todos os cidadãos na formação do Estado Democrático.
Características dos países subdesenvolvidos
• Passaram por um grande processo de exploração durante o período colonial. Colônia de Exploração;
• Baixo nível de industrialização, com exceção de alguns países, como: Brasil, México, os Dragões de Exploração;
• Dependência econômica, política e cultural em relação às nações desenvolvidas;
• Deficiência tecnológica e baixo nível de conhecimento científico;
• Rede de transporte e meios de comunicação deficientes;
• Baixa produtividade na agricultura que geralmente emprega numerosa mão de obra;
• População Ativa empregada principalmente nos setores primários ou no setor terciário em atividades marginais (camelôs, trabalhadores sem carteira assinada, etc.). Exemplo: Brasil, Etiópia, Uruguai;
• Cidades com crescimento muito rápido e cercadas por bairros pobres e miseráveis;
• Baixo nível de vida da maioria da população;
• Crescimento populacional elevado;
• Elevada taxa de natalidade e mortalidade infantil;
• Expectativa de vida baixa.
Existem países subdesenvolvidos que são fortemente industrializados, como é o caso do Brasil, México, Argentina, Dragões Asiáticos, etc. A industrialização existente nesses países na verdade é sustentada por países desenvolvidos, que os utilizam para expandir seus parques industriais e garantir lucros vultosos. Um exemplo nítido de expansão industrial é o caso dos Dragões Asiáticos, que evoluíram enormemente nas últimas décadas, principalmente no setor industrial através do capital e tecnologia japonesa.
Alguns fatores atraem esses investimentos estrangeiros para os países subdesenvolvidos, como:
• Mão de obra barata e numerosa;
• Muitas vezes são isentos de pagamento de impostos;
• Doação de terrenos por parte do governo;
• Remessa de lucro das transnacionais para a sede dessas empresas;
• Legislação flexível. Na visão de alguns escritores, como Demétrio Magnoli, “A grande mutação na economia mundial e na geopolítica planetária agravou as desigualdades entre a acumulação de riquezas e a disseminação da pobreza.
O desenvolvimento assume padrões crescentemente perversos, marginalizando parcelas maiores da população. Em escala mundial, a década de 80 presenciou uma ampliação da fratura econômica entre o Norte e o Sul. Atualmente, os 20% mais ricos da população do planeta repartem entre si 82,7% da riqueza, enquanto os 20% mais pobres dispõem apenas de 1,4%.” A partir daí podemos afirmar que, em parte, o desenvolvimento dos países centrais é, de fato, sustentado à custa da exploração dos países periféricos.
INTRODUÇÃO - JUSTIFICATIVA - ELABORAÇÃO DE PROJETO DE PESQUISA
O planejamento e a execução de uma pesquisa fazem parte de um processo
sistematizado que compreende etapas que podem ser detalhadas da seguinte
forma:
1) Escolha do tema;
2) Revisão de literatura;
3) Justificativa;
4) Formulação do problema;
5) Determinação de objetivos;
6) Metodologia;
7) Coleta de dados;
8) Tabulação de dados;
9) Análise e discussão dos resultados;
10) Conclusão da análise dos resultados;
11) Redação e apresentação do trabalho científico.
AS ETAPAS DA PESQUISA
01.Escolha do Tema
Qual a maior dificuldade para escolher um tema?
Projeto de pesquisa – Como escolher o tema para a pesquisa
O tema é um aspecto ou uma área de interesse de um assunto que se
deseja provar ou desenvolver. Escolher um tema significa eleger uma parcela
delimitada de um assunto, estabelecendo limites ou restrições para o
desenvolvimento da pesquisa pretendida.
A definição do tema pode surgir com base na sua observação do
cotidiano, na vida profissional, em programas de pesquisa, em contato e
relacionamento com especialistas, no feedback de pesquisas já realizadas e
em estudo da literatura especializada.
2) Revisão de Literatura
Nesta fase você deverá responder às seguintes questões:
1 - Quem já escreveu e o que já foi publicado sobre o assunto?
2 - Que aspectos já foram abordados?
3 - Quais as lacunas existentes na literatura?
A revisão de literatura é fundamental, porque fornecerá elementos para
você evitar a duplicação de pesquisas sobre o mesmo enfoque do tema.
Favorecerá a definição de contornos mais precisos do problema a ser
estudado .
Recomendável: conversar com um ou vários especialistas ANTES.
Palavras-chave
Marcadores
Termos de busca
Base de dados
3) Justificativa
Nesta etapa você irá refletir sobre “o porquê” da realização da pesquisa
procurando identificar as razões da preferência pelo tema escolhido e sua
importância em relação a outros temas. Pergunte a você mesmo: o tema é
relevante e, se é, por quê? Quais os pontos positivos que você percebe na
abordagem proposta? Que vantagens e benefícios você pressupõe que sua
pesquisa irá proporcionar? A justificativa deverá convencer quem for ler o
projeto, com relação à importância e à relevância da pesquisa proposta.
PROBLEMA E HIPÓTESE - ELABORAÇÃO DE PROJETO DE PESQUISA
4) Formulação do Problema
É criado a partir do tema escolhido.
A pesquisa científica depende da formulação adequada do problema,
isto porque objetiva buscar sua solução.
Problema é uma questão que a pesquisa pretende responder. Todo o
processo de pesquisa irá girar em torno de sua solução. o problema deve ser formulado como pergunta, para facilitar a identificação do
que se deseja pesquisar;
-o problema deve ter clareza: os termos adotados devem ser definidos para
esclarecer os significados com que estão sendo usados na pesquisa;
-o problema deve ser preciso: além de definir os termos é necessário que sua
aplicação esteja delimitada;
-o problema deve ser suscetível de solução: como será pesquisado? Que
instrumentos serão utilizados?
Hipóteses
Hipóteses
são suposições colocadas como respostas plausíveis e
provisórias para o problema de pesquisa. As hipóteses são provisórias porque
poderão ser confirmadas ou refutadas com o desenvolvimento da pesquisa.
A hipótese é sempre uma afirmação, uma resposta possível ao
problema proposto.
A formulação de hipóteses é quase inevitável, para quem é estudioso
da área que pesquisa. Geralmente, com base em análises do conhecimento
disponível, o pesquisador acaba “apostando” naquilo que pode surgir como
resultado de sua pesquisa. Uma vez formulado o problema, é proposta uma
resposta suposta, provável e provisória (hipótese), que seria o que ele acha
plausível como solução do problema.
5) Determinação de Objetivos
Os objetivos devem estar coerentes com a justificativa e o problema
proposto. O objetivo geral será a síntese do que se pretende alcançar, e os
objetivos específicos explicitarão os detalhes e serão desdobramentos do
objetivo geral.
Os enunciados dos objetivos devem começar com um verbo no
infinitivo e este verbo deve indicar uma ação passível de mensuração.
06) Metodologia
Nesta etapa você irá definir onde e como será realizada a pesquisa.
Definirá o tipo de pesquisa, a população, a amostragem, os instrumentos de
coleta de dados e a forma como pretende tabular e analisar seus dados.
A coleta de dados objetiva obter elementos para que os objetivos
propostos na pesquisa possam ser alcançados.
Neste estágio você escolhe também as possíveis formas de tabulação
e apresentação de dados e os meios (métodos estatísticos, instrumentos
manuais ou computacionais) que serão usados para facilitar a interpretação e
análise dos dados.
07) Coleta de Dados
A coleta de dados compreende o conjunto de operações por meio das
quais o modelo de análise é confrontado aos dados coletados.
O que coletar?
Os dados a serem coletados são aqueles úteis para testar as
hipóteses. Eles são determinados pelas variáveis e pelos indicadores.
Podemos chamá-los de dados pertinentes.
Como coletar?
Esta segunda questão refere-se aos instrumentos de coleta de dados,
que comporta três operações:
•Conceber um instrumento capaz de fornecer informações adequadas e
necessárias para testar as hipóteses; por exemplo, um questionário ou um
roteiro de entrevistas ou de observações.
•Testar o instrumento antes de utilizá-lo sistematicamente para se assegurar de
seu grau de adequação e de precisão.
•Colocá-lo sistematicamente em prática e proceder assim à coleta de dados
pertinentes.
Na coleta de dados, o importante não é somente coletar informações
que dêem conta dos conceitos (através dos indicadores), mas também obter
essas informações de forma que se possa aplicar posteriormente o tratamento
necessário para testar as hipóteses. Portanto, é necessário antecipar, ou seja,
preocupar-se, desde a concepção do instrumento, com o tipo de informação
que ele permitirá fornecer e com o tipo de análise que deverá e poderá ser feito
posteriormente.
A escolha entre os diferentes métodos de coleta de dados depende
das hipóteses de trabalho e da definição dos dados pertinentes decorrentes da
problemática. É igualmente importante levar em conta as exigências de
formação necessárias para colocar em prática de forma correta cada método
escolhido.
Tabulação de Dados
Nesta etapa você poderá lançar mão de recursos manuais ou
computacionais para organizar os dados obtidos na pesquisa de campo.
Atualmente, com o advento da informática, é natural que você escolha os
recursos computacionais para dar suporte à elaboração de índices e cálculos
estatísticos, tabelas, quadros e gráficos.
9) Análise e Discussão dos Resultados
Nesta etapa você interpretará e analisará os dados que tabulou e
organizou na etapa anterior. A análise deve ser feita para atender aos objetivos
da pesquisa e para comparar e confrontar dados e provas com o objetivo de
confirmar ou rejeitar a(s) hipótese(s) ou os pressupostos da pesquisa.
O primeiro passo da análise das informações é a verificação empírica.
Mas a realidade é sempre mais complexa do que as hipóteses e questões
elaboradas pelo pesquisador, e uma coleta de dados rigorosa sempre traz à
tona outros elementos ou outras relações não cogitados inicialmente. Nesse
sentido, a análise das informações tem uma segunda função, a de interpretar
os fatos não cogitados, rever ou afinar as hipóteses, para que, ao final, o
pesquisador seja capaz de propor modificações e pistas de reflexão e de
pesquisa para o futuro.
Se houver divergência entre os resultados observados e os resultados
esperados, será necessário examinar de onde provém esse distanciamento e
em que a realidade é diferente do que se presumia no início, elaborando novas
hipóteses e, a partir de uma nova análise dos dados disponíveis, examinar em
que medida elas se confirmam.
10) Conclusão da Análise dos Resultados
Nesta etapa você já tem condições de sintetizar os resultados obtidos
com a pesquisa. Deverá explicitar se os objetivos foram atingidos, se a(s)
hipótese(s) ou os pressupostos foram confirmados ou rejeitados. E,
principalmente, deverá ressaltar a contribuição da sua pesquisa para o meio
acadêmico ou pa-ra o desenvolvimento da ciência e da tecnologia.
11) Redação e Apresentação do Trabalho Científico
Nesta etapa o pesquisador deverá redigir seu relatório de pesquisa. O
texto deverá ser escrito de modo apurado, isto é, gramaticalmente correto,
frase logicamente claro, terminologicamente preciso e estilisticamente
agradável”. Normas de documentação da Associação Brasileira de Normas
Técnicas (ABNT) deverão ser consultadas visando à padronização das
indicações bibliográficas e a apresentação gráfica do texto. Normas e
orientações do próprio curso também deverão ser consultadas.