segunda-feira, 9 de novembro de 2020

SEGUNDA / ETAPA - EJA - JOÃO LULA - O agronegócio: pilar da economia brasileira

 

 O termo agricultura é usado para caracterizar a produção agrícola desde o abastecimento dos insumos que são utilizados nos campos de produção até a industrialização e a distribuição. Porém, nas últimas décadas o setor passou por diversas mudanças econômicas, herdando o nome de agronegócio ou agribusiness, que é o termo usado para denominar todo um conjunto de fatores econômicos incorporado à produção agropecuária, contendo as instituições que contribuem com o setor.

Identificado como um importante pilar da economia brasileira, a relevância desse complexo para a economia nacional pode ser medida por indicadores da magnitude de um produto interno bruto (PIB), que é uma medida de valor dos bens de serviços que um determinado país produz num período, na agropecuária, indústria e serviços. E o agronegócio conta com uma significativa participação de 21,46% no PIB do país (CEPEA, 2015).

figura1-participacaopib

É bastante significativo levar em consideração que o conceito de agronegócio não define nenhuma classe especifica de produtor rural, indústria agrícola ou alguns prestadores de serviços, não dependendo do tamanho da área, volume de produção, renda e tecnologia adquirida, ou seja, na agropecuária em especifico, engloba o que chamamos de agricultura empresarial, pequena agricultura, agricultura familiar, além dos outros agentes da cadeia produtiva.

No início da agricultura o setor rural priorizava apenas a propriedade agrícola em seu negócio, hábitos que foram transformados no decorrer dos anos, dando-se lugar ao que conhecemos como cadeia produtiva, que inclui o consumidor no processo juntamente as inter-relações entre os diversos elementos da cadeia (Ribeiro, 1997).

A atual agricultura que vem sendo praticada e desenvolvida no Brasil elevou o país com o status de um importante fornecedor mundial de alimentos, tornando um país como o terceiro exportador de produtos agrícolas, com desempenho expressivo nos últimos anos. (Dados da Organização Mundial de Comércio (OMC).

O agronegócio é subdividido em quatro segmentos:

  1. Insumos;
  2. Agropecuária;
  3. Indústria (de base agropecuária);
  4. Distribuição (transporte, comércio e serviços).

Todas as atividades envolvidas com a agricultura resultam em negócios, o que emprega uma grande complexidade sistemática que inclui as atividades internas realizadas na propriedade rural e as atividades externas, sendo executadas de fora da propriedade rural, que englobam a produção, armazenamento e comercialização dos produtos e insumos agrícolas.

Segundo Araújo (2003), a cadeia produtiva do agronegócio divide-se em três setores, conforme mostra a esquematização da figura abaixo:
slide1

1 – Antes da porteiras da propriedade agrícola

Antes da porteira esta centralizado as grandes empresas, contendo um alto nível tecnológico, e que retém a maior parte do mercado de agronegócios.

2 – Dentro da porteira da propriedade agrícola

Dentro da porteira estão os produtores, as fazendas em si, que compram do fornecedor e vendem ao consumidor, eventualmente podendo existir um atravessador. Definido como o elo mais fraco da cadeia de agronegócio, os produtores deixam de ganhar em alguns casos, já que dificilmente se organizam em cooperativas ou associações como deveriam (quadro com mudanças).

3 – Fora da porteira da propriedade agrícolas

Fora da porteira é um momento em que os esforços compreendem todas as relações voltadas ao armazenamento e distribuição, incluindo a logística.

Uma das grandes dificuldades dos produtores está no conceito da visão financeira. Por exemplo, na hora da compra dos insumos, geralmente, os produtores perguntam “quanto custa o produto” aos fornecedores,  e ao vender para os seus parceiros comerciais, na maioria das vezes, distribuidores e supermercadistas, perguntam “quanto você paga?”. Em consequência, acabam deixando de ganhar mais “Antes da Porteira, Dentro da Porteira e Fora da porteira”, já que não constroem preços conforme previsto pela administração financeira.

Existe uma deficiência de maior profissionalização no campo, isso se dá na gestão administrativa da propriedade rural quanto na área de sistemas de informação, que atualmente se destacam no desenvolvimento de soluções colaborativas para toda a cadeia produtiva de alimentos.

As transformações iniciam pela mudança de postura e mentalidade do produtor rural. Suas atitudes e comportamentos são determinantes para a passagem de um sistema de produção tradicional para um sistema moderno, operando de forma estratégica, buscando uma cadeia efetivamente produtiva, visando atender o consumidor final com segurança e qualidade.O termo agricultura é usado para caracterizar a produção agrícola desde o abastecimento dos insumos que são utilizados nos campos de produção até a industrialização e a distribuição. Porém, nas últimas décadas o setor passou por diversas mudanças econômicas, herdando o nome de agronegócio ou agribusiness, que é o termo usado para denominar todo um conjunto de fatores econômicos incorporado à produção agropecuária, contendo as instituições que contribuem com o setor.

Identificado como um importante pilar da economia brasileira, a relevância desse complexo para a economia nacional pode ser medida por indicadores da magnitude de um produto interno bruto (PIB), que é uma medida de valor dos bens de serviços que um determinado país produz num período, na agropecuária, indústria e serviços. E o agronegócio conta com uma significativa participação de 21,46% no PIB do país (CEPEA, 2015).

figura1-participacaopib

É bastante significativo levar em consideração que o conceito de agronegócio não define nenhuma classe especifica de produtor rural, indústria agrícola ou alguns prestadores de serviços, não dependendo do tamanho da área, volume de produção, renda e tecnologia adquirida, ou seja, na agropecuária em especifico, engloba o que chamamos de agricultura empresarial, pequena agricultura, agricultura familiar, além dos outros agentes da cadeia produtiva.

No início da agricultura o setor rural priorizava apenas a propriedade agrícola em seu negócio, hábitos que foram transformados no decorrer dos anos, dando-se lugar ao que conhecemos como cadeia produtiva, que inclui o consumidor no processo juntamente as inter-relações entre os diversos elementos da cadeia (Ribeiro, 1997).

A atual agricultura que vem sendo praticada e desenvolvida no Brasil elevou o país com o status de um importante fornecedor mundial de alimentos, tornando um país como o terceiro exportador de produtos agrícolas, com desempenho expressivo nos últimos anos. (Dados da Organização Mundial de Comércio (OMC).

O agronegócio é subdividido em quatro segmentos:

  1. Insumos;
  2. Agropecuária;
  3. Indústria (de base agropecuária);
  4. Distribuição (transporte, comércio e serviços).

Todas as atividades envolvidas com a agricultura resultam em negócios, o que emprega uma grande complexidade sistemática que inclui as atividades internas realizadas na propriedade rural e as atividades externas, sendo executadas de fora da propriedade rural, que englobam a produção, armazenamento e comercialização dos produtos e insumos agrícolas.

Segundo Araújo (2003), a cadeia produtiva do agronegócio divide-se em três setores, conforme mostra a esquematização da figura abaixo:
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1 – Antes da porteiras da propriedade agrícola

Antes da porteira esta centralizado as grandes empresas, contendo um alto nível tecnológico, e que retém a maior parte do mercado de agronegócios.

2 – Dentro da porteira da propriedade agrícola

Dentro da porteira estão os produtores, as fazendas em si, que compram do fornecedor e vendem ao consumidor, eventualmente podendo existir um atravessador. Definido como o elo mais fraco da cadeia de agronegócio, os produtores deixam de ganhar em alguns casos, já que dificilmente se organizam em cooperativas ou associações como deveriam (quadro com mudanças).

3 – Fora da porteira da propriedade agrícolas

Fora da porteira é um momento em que os esforços compreendem todas as relações voltadas ao armazenamento e distribuição, incluindo a logística.

Uma das grandes dificuldades dos produtores está no conceito da visão financeira. Por exemplo, na hora da compra dos insumos, geralmente, os produtores perguntam “quanto custa o produto” aos fornecedores,  e ao vender para os seus parceiros comerciais, na maioria das vezes, distribuidores e supermercadistas, perguntam “quanto você paga?”. Em consequência, acabam deixando de ganhar mais “Antes da Porteira, Dentro da Porteira e Fora da porteira”, já que não constroem preços conforme previsto pela administração financeira.

Existe uma deficiência de maior profissionalização no campo, isso se dá na gestão administrativa da propriedade rural quanto na área de sistemas de informação, que atualmente se destacam no desenvolvimento de soluções colaborativas para toda a cadeia produtiva de alimentos.

As transformações iniciam pela mudança de postura e mentalidade do produtor rural. Suas atitudes e comportamentos são determinantes para a passagem de um sistema de produção tradicional para um sistema moderno, operando de forma estratégica, buscando uma cadeia efetivamente produtiva, visando atender o consumidor final com segurança e qualidade.

Agronegócio

agronegócio – por vezes chamado de agribusiness – corresponde à cadeia produtiva econômica que compõe a atividade agropecuária. Trata-se da esteira econômica que vai desde a produção no meio agrário, passando pela transformação dos bens agropecuários em produtos industrializados, até a comercialização destes. Desse modo, todas as atividades ligadas a esse ramo constituem-se como participantes do agronegócio, tais como a produção de insumos e maquinários agrícolas, a disponibilização de cursos de capacidade ou formação de profissionais do ramo, entre outros.

Portanto, quando falamos em agronegócio, não nos referimos a uma atividade puramente rural, mas predominantemente rural, afinal, ele envolve composições que se reproduzem nas diferentes esferas estruturantes do espaço geográfico. Considerando toda essa gama de atividades, o agronegócio representa 33% do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil, 37% dos empregos gerados e 42% do total de exportações efetuadas.

O agronegócio brasileiro ganhou um maior impulso a partir da segunda metade do século XX com a expansão da fronteira agrícola do país e, principalmente, com o desenvolvimento de técnicas mais avançadas de produção, características da Revolução Verde. Com isso, o nível de produtividade do país disparou, e produtos como a soja, o café, a cana-de-açúcar e muitos outros ganharam os mercados internacionais e ampliaram os níveis de exportação do país, isso sem falar nos avanços promovidos na pecuária. No início do século XXI, vale destacar também a crescente produção de biocombustíveis derivados de bens agrícolas, incluindo a própria cana-de-açúcar.

Além das inovações tecnológicas, o agronegócio consegue avançar cada vez mais no Brasil em razão de alguns outros fatores: o primeiro deles são as vantagens oferecidas pelo território brasileiro, tais como a grande área territorial agricultável e as condições naturais aqui disponibilizadas para o cultivo; o segundo fator são os amplos investimentos públicos e privados realizados no setor, que concentra mais de 75% das concessões públicas em termos de empréstimos, incentivos fiscais e investimentos diretos.

As críticas ao agronegócio

A política do agronegócio encontra muitos defensores que argumentam em torno da produtividade do setor, produzindo benefícios na economia e também para a sociedade através do maior ganho em produtividade. Por outro lado, existem também as críticas direcionadas ao agribusiness, que estão aqui relacionadas não para conceber a ideia de que o agronegócio seja uma prática ruim, mas no sentido de explicitar o debate político realizado em torno dessa questão no Brasil.

A primeira grande crítica feita ao agronegócio parte de grupos ambientalistas, que afirmam que a expansão acelerada das cadeias produtivas no meio rural sobre os espaços naturais está diminuindo a cobertura vegetal do país. Nesse caso, o Cerrado é o maior exemplo, pois o desenvolvimento de técnicas agrícolas no âmbito do agronegócio permitiu a ampla ocupação da área desse bioma ao longo do século XX, fazendo com que menos de 20% de sua cobertura vegetal encontre-se atualmente preservada.

Outra crítica proferida é o processo de concentração fundiária ocorrido no meio rural, algo que é, em grande medida, atribuído ao agronegócio, principalmente pela grande influência que o setor, em tese, possui no meio político. Além disso, os maiores lucros obtidos através de incentivos públicos e pela exportação, somados aos baixos investimentos concedidos à agricultura familiar, contribuem para intensificar esse cenário, segundo inúmeras análises.

Soma-se a tais considerações o fato de o agronegócio ter sido responsável, segundo as críticas, pela intensificação do êxodo rural através do já mencionado poder concentrador e também pela intensiva mecanização da produção agrícola. Nesses moldes, a maior parte da mão de obra empregada no campo passou a ser substituída por tecnologias e maquinários. Isso tudo não para produzir alimentos de subsistência, e sim produtos voltados ao mercado externo.

O agronegócio aumentou a produtividade do campo

O agronegócio aumentou a produtividade do campo

Por: Rodolfo F. Alves Pena

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